Israel inaugura representação diplomática em Rabat
Rabat, 12 Ago 2021 (AFP) - Israel inaugurou, nesta quinta-feira (12), sua representação diplomática em Rabat durante a primeira visita do chanceler israelense ao Marrocos desde a normalização das relações bilaterais em 2020.
"Momento histórico - inauguramos a representação israelense no Marrocos", tuitou Yaïr Lapid, ministro israelense das Relações Exteriores, após a inauguração, na presença de Mohcine Jazouli, ministro marroquino encarregado de Assuntos Africanos.
Uma carta do presidente israelense Isaac Herzog convidando o rei do Marrocos, Mohammed VI, a visitar Israel foi entregue ao ministro das Relações Exteriores do Marrocos, informou Lapid, também no Twitter.
O ex-primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia convidado o monarca no final de 2020, oferta que não recebeu uma resposta oficial.
O Marrocos se tornou no final de 2020 o quarto país árabe a normalizar suas relações com Israel, em troca do reconhecimento americano de sua "soberania" no disputado território do Saara Ocidental.
Os Estados Unidos parabenizaram "Marrocos e Israel pela reabertura do escritório de representação israelense em Rabat", escreveu o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken.
Uma mezuza - caixa que contém um pergaminho com fragmentos da Torá - foi pendurada na entrada da representação diplomática, segundo Lapid.
Na quarta-feira, primeiro dia da viagem "histórica" de Lapid, foram assinados acordos sobre a consulta política, a cultura e a aviação. À tarde, ele é esperado em Casablanca, capital econômica do país, para visitar a sinagoga Beth-El.
A comunidade judaica do Marrocos é a maior do norte da África (cerca de 3.000 pessoas) e os cerca de 700.000 israelenses de ascendência marroquina mantiveram laços muito fortes com seu país de origem.
Os dois países mantiveram relações oficiais de 1993 até 2000, quando começou a segunda rebelião nos territórios palestinos contra a ocupação israelense.
O ministro das Relações Exteriores do Marrocos, Nasser Bourita, afirmou que mencionou o conflito palestino-israelense com seu homólogo israelense na quarta-feira e destacou a necessidade de "retomar as negociações".
Antes do Marrocos, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão normalizaram as relações com Israel no ano passado por meio de acordos que os palestinos consideram uma traição.
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