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Três homens são presos por assassinato de jornalista no México

Jornalista mexicana assassinada chegou a pedir apoio a presidente do país - Reprodução/CNN en Español
Jornalista mexicana assassinada chegou a pedir apoio a presidente do país Imagem: Reprodução/CNN en Español

09/02/2022 17h03

México, 9 Fev 2022 (AFP) - Três homens supostamente envolvidos no assassinato da jornalista mexicana Lourdes Maldonado, em 23 de janeiro em Tijuana, foram presos, informaram nesta quarta-feira (9) as autoridades, que ainda não esclareceram o motivo do crime.

"No transcorrer do dia de ontem e desta manhã em Tijuana, Baja California, três supostos responsáveis pelo assassinato da jornalista Lourdes Maldonado foram detidos", disse a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez, na coletiva matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Quatro jornalistas, incluindo Maldonado, de 67 anos, foram mortos no México até o momento em 2022, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Acredita-se que um dos detidos seja o autor do homicídio da comunicadora, que morreu com um tiro no rosto ao chegar em casa de carro.

Durante a coletiva, o subsecretário de Segurança, Ricardo Mejía, destacou que o motivo do crime ainda não foi determinado, mas que a expectativa é que seja esclarecido quando os homens presos forem interrogados.

Forças federais e a polícia local participaram da captura, que contou ainda com a colaboração de vizinhos, que contaram às autoridades que viram três homens circulando de táxi nas proximidades da residência da vítima.

Jornalista independente, Maldonado tinha um programa de rádio nas redes sociais e havia solicitado segurança ao mecanismo de proteção de jornalistas no estado de Baja California.

A repórter tinha uma disputa trabalhista com o Primer Sistema de Noticias, de propriedade de Jaime Bonilla, que foi governador de Baja California e integra o partido governista Morena.

Em 2019, participou da conferência de López Obrador, fundador da Morena, para pedir ajuda em sua disputa com Bonilla, que nega qualquer responsabilidade pelo assassinato e diz estar disposto a depor perante as autoridades.

A repórter tinha proteção policial, mas foi retirada em novembro do ano passado devido à mudança de governo na Baja California.

Maldonado foi assassinada na mesma semana em que o fotojornalista Margarito Martínez, colaborador do semanário Zeta, foi morto a tiros, também em Tijuana.

Somam-se a esses casos os de Roberto Toledo, colaborador do portal Monitor, baleado em 31 de janeiro em Zitácuaro (Michoacán), e de José Luis Gamboa, ocorrido em 10 de janeiro no estado de Veracruz.