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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin acusa Ucrânia de impedir retiradas humanitárias em Mariupol

Do UOL e colaboração para o UOL, com agências internacionais

06/03/2022 12h59Atualizada em 06/03/2022 13h41

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou as autoridades ucranianas de prejudicarem as operações humanitárias de retirada de civis de Mariupol, grande porto do sudeste da Ucrânia cercado pelas forças russas, durante uma conversa telefônica neste domingo (06.03) com o colega francês, Emmanuel Macron.

Durante a conversa, Putin "chamou a atenção para o fato de que a Ucrânia continua a não respeitar os acordos alcançados sobre questões humanitárias".

O presidente russo acrescentou que os "nacionalistas ucranianos impediram a retirada" no sábado de Mariupol e Volnovakha, uma cidade próxima, informou o Kremlin.

Vladimir Putin também disse neste domingo a Emmanuel Macron que alcançará "seus objetivos" na Ucrânia "pela negociação ou pela guerra", durante uma conversa telefônica de uma hora e 45 minutos entre o presidente russo e seu colega francês, informou o governo de Paris.

Emmanuel Macron viu Putin "muito decidido a conseguir seus objetivos", entre eles "o que o presidente russo chama de 'desnazificação' e neutralização da Ucrânia", assim como o reconhecimento da soberania sobre a Crimeia e a independência dos territórios de língua russa.

Cessar-fogo depende da Ucrânia, disse Putin a Erdogan

Antes, em conversa por telefone com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, Putin afirmou que o cessar-fogo depende de aceitação da Ucrânia aos termos de Moscou.

Os dois chefes de Estado estão a poucos dias do fórum diplomático de Antalya, previsto para acontecer de 11 a 13 de março no sul da Turquia, que deve ter a presença do ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Um cessar-fogo urgente e geral permitirá encontrar uma solução política e responder às inquietações humanitárias", afirmou o chefe de Estado turco.

Ele também exigiu a abertura "urgente de corredores humanitários" na Ucrânia. "Vamos abrir juntos o caminho para a paz", disse Erdogan ao colega russo.

A Turquia "está disposta a dar sua contribuição sob todas as formas para a resolução pacífica" da crise, acrescentou.

Ucrânia acusa Rússia de não cumprir cessar-fogo

Ontem, após a Rússia anunciar um cessar-fogo parcial de cinco horas nas cidades de Mariupol e Volnovakha, o país adiou a retirada de civis por meio de corredores humanitários alegando questões de segurança. Autoridades das duas cidades denunciaram que os bombardeios continuaram e, por isso, passaram a pedir que os moradores voltassem aos abrigos. A Rússia, no entanto, diz que cumpriu as condições e que nacionalistas ucranianos impedem a retirada de civis, o que autoridades ucranianas negam.

A Ucrânia diz que o plano era evacuar 200 mil pessoas de Mariupol e 15 mil pessoas de Volnovakha no total. Apenas 200 moradores de Volnovakha e aldeias vizinhas foram evacuados hoje, informou o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko. "Estas são as pessoas que conseguiram chegar ao assentamento por conta própria no dia anterior", explicou Kirilenko.

*Com agências internacionais