OMS pede evacuação de hospital Al Shifa, em Gaza, transformado em 'zona da morte'
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, neste sábado (18), que trabalha em um plano de evacuação do hospital Al Shifa, em Gaza, alvo de incursões do exército israelense, e qualificou o local como "zona da morte".
Neste sábado, havia 25 cuidadores no hospital, além de 291 pacientes, entre eles 32 bebês em estado crítico, 22 pacientes em diálise e dois em cuidados intensivos.
Os membros da missão descreveram o hospital como uma "zona da morte", onde a situação é "desesperadora", informou a organização em um comunicado.
"A OMS e seus parceiros estão desenvolvendo com urgência planos para a evacuação imediata dos pacientes restantes, pessoal e suas famílias", informou a organização em um comunicado.
"A equipe encontrou um hospital que não pode mais funcionar: sem água, sem alimentos, sem eletricidade, sem combustível, com provisões médicas esgotadas", escreveu na rede social X (antigo Twitter) o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O diretor anunciou que "diante da situação deplorável e do estado de muitos pacientes, inclusive bebês, o pessoal sanitário pediu ajuda para evacuar os pacientes que não podem mais receber cuidados vitais neste local".
No comunicado, a OMS detalhou que a maioria dos pacientes que permaneceu ali tem fraturas complexas e amputações, queimaduras, traumas torácicos e abdominais, e que 29 sofrem de lesões graves na coluna e não conseguem se movimentar sozinhos.
Devido às más condições de higiene e à falta de antibióticos, muitos hospitalizados também sofrem de graves infecções.
A OMS antecipou que serão organizadas várias missões nos próximos dias para evacuar com urgência os pacientes restantes ao hospital Nasser e ao hospital europeu de Gaza, embora "já estejam funcionando acima de suas capacidades".
Segundo o exército israelense, que na manhã de quarta-feira realizou uma batida no hospital de Al Shifa, o centro médico abriga um esconderijo do Hamas, instalado, particularmente, em uma rede de túneis. O movimento islamista nega a acusação.
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