Ataque de Israel contra 'líderes pró-iranianos' deixa 5 mortos na Síria, diz ONG

Um ataque israelense em Damasco matou, neste sábado (20), cinco pessoas em um prédio onde estavam reunidos "líderes pró-iranianos", informou uma ONG síria.

"Um ataque israelense com míssil atingiu um edifício de quatro andares e matou cinco pessoas", reportou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ressaltando que o bombardeio "destruiu o prédio inteiro, onde estavam reunidos líderes pró-iranianos".

O OSDH é uma ONG com sede no Reino Unido e ampla rede de informantes na Síria.

Segundo a organização, o bairro em questão é conhecido por abrigar facções palestinas pró-iranianas e comandos dos Guardiões da Revolução iranianos, exército ideológico de Teerã.

"É certo que visavam altos comandos" destes grupos, disse o presidente do Observatório, Rami Abdel Rahman.

O ataque, executado pela manhã, também foi reportado pela imprensa oficial síria.

"Um ataque realizado por Israel atingiu um prédio residencial no bairro de Mazzeh, em Damasco", noticiou a agência estatal Sana, sem detalhar se houve vítimas.

Um jornalista da AFP pôde ver que o edifício desabou por completo. Perto dali, havia ambulâncias, bombeiros e socorristas em busca de pessoas debaixo dos escombros.

O bairro de Mazzeh também abriga escritórios das Nações Unidas, embaixadas e restaurantes.

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"O barulho foi similar ao da explosão de um míssil e, minutos depois, ouvi as ambulâncias", disse à AFP um morador da região.

Desde que começou a guerra civil da Síria, em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra seu território, dirigidos especialmente a forças alinhadas com o Irã, seu rival regional, mas também a posições do exército de Damasco.

Este tipo de ataques se intensificaram desde que teve início a guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, a partir do ataque surpresa do movimento islamista palestino em solo israelense.

Em dezembro, um alto comando dos Guardiões da Revolução iranianos, o general de brigada Razi Musavi, morreu em um ataque aéreo israelense na Síria, segundo Teerã.

No vizinho Líbano, o número dois do Hamas, Saleh al Aruri, morreu no começo do mês em um ataque israelense no sul de Beirute, reduto do Hezbollah, outro movimento pró-iraniano da região.

mam/avl/pc/nvv

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© Agence France-Presse

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