Conteúdo publicado há 1 mês

Judeus e palestinos se unem em Israel em manifestação pela paz

Aos gritos de "Sim à paz, sim a um acordo", centenas de judeus e palestinos de Israel manifestaram-se nesta quinta-feira (25) em Tel Aviv para exigir o fim da guerra na Faixa de Gaza.

"Estamos fartos, fartos da violência, fartos do derramamento de sangue", disse a professora Carmit Bar Levy, 49.

Os manifestantes pediram não apenas um cessar-fogo na guerra de mais de nove meses entre Israel e o Hamas, mas também uma solução que ponha fim ao conflito de décadas entre israelenses e palestinos.

"O movimento pela paz silenciou-se depois de 7 de outubro", ressaltou Amira Mohammed, cidadã palestina de Israel, originária de Jerusalém Oriental. "Os radicais passaram a fazer mais barulho do que o movimento pela paz. Por isso, neste momento, temos que ser radicais pela paz que queremos", disse Amira, que pediu "responsabilidade" a ambas as partes.

'Único caminho'

"Não podemos conter a violência com mais violência. Temos que garantir uma vida boa tanto para os palestinos quanto para os judeus em Israel. Temos que reconhecer que eles têm o mesmo direito de viver aqui", reforçou Carmit Levy.

A manifestante reconheceu que sua opinião não é a da maioria em Israel, mas disse acreditar que existe um sentimento crescente de que a situação atual não pode continuar.

A maior cidade israelense é palco de vários protestos todas as semanas, organizados por parentes de reféns, manifestantes críticos do governo e pacifistas. Pressionado por membros de extrema direita da coalizão de governo, no entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste em obter "uma vitória total" contra o Hamas.

"Seu governo e o nosso governo só querem a guerra, é a única coisa que sabem fazer", criticou a estudante Maya Ofer, 23. "Precisamos lembrar que a paz é uma possibilidade."

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Sobrevivente do ataque do Hamas ao seu kibutz em 7 de outubro, Marcello Oliki, 64, ressaltou que "a paz é o único caminho a seguir". "Há crianças, mulheres e bebês que morrem do outro lado da fronteira. Também há pessoas ali que choram, como eu, e que querem a paz, como eu."

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