Bandidos fazem arrastão em restaurante de São Paulo
Ao menos três homens armados invadiram na noite dessa quinta-feira, 30, o restaurante Ruella, no Itaim-Bibi. O crime aconteceu na Rua João Cachoeira, 1.507, por volta das 23h. Entre as vítimas, o jornalista Felipe Andreoli, do programa CQC, que estava no local com a família e falou sobre o arrastão nas redes sociais.
Segundo a Polícia Militar, ninguém foi preso. O caso foi registrado no 14º DP como roubo e encaminhado para o 5º DP. Um rapaz de 18 anos e um adolescente de 17 foram abordados pelos policiais, mas não foram reconhecidos pelas vítimas.
De acordo com testemunhas, os manobristas foram abordados por três ou quatro homens. Dois criminosos obrigaram os clientes que estavam nas mesas de fora e os manobristas a entrarem com eles no restaurante. Acompanhados de um terceiro suspeito, roubaram os pertences dos clientes, como bolsas, documentos e celulares, e fugiram em seguida.
Segundo a recepcionista do Ruella, os homens foram diretamente nas mesas abordar os clientes. Ela informou também que, como não trabalha de uniforme, foi a única funcionária a ter o celular roubado.
Críticas
Felipe Andreoli estava com a família comemorando o aniversário de sua mãe, quando foi surpreendido pelos criminosos. Há dois meses, a família do jornalista foi assaltada na porta da Maternidade São Luiz, a um quarteirão de onde aconteceu o arrastão.
Segundo Andreoli, os criminosos não se preocuparam em cobrir o rosto. "Nossa mesa era a última, no canto, e eles repetiam que quem escondesse algo ia tomar tiro, os caras estavam tão loucos que, quando passaram na nossa mesa - nossas carteiras, relógios e celulares em cima da mesa -, só levaram a correntinha da minha cunhada e o celular do meu irmão", explicou pelo Tumblr.
Irritado com os assaltos, o jornalista fez críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao prefeito Fernando Haddad (PT). "A dona do restaurante - uma querida - chegou com lágrima nos olhos pedindo desculpas a todos - como se ela tivesse culpa - fez o que deveria fazer o sr. Geraldo Alckmin, responsável pela PM do Estado e da cidade, mas, por que não, o Sr. Fernando Haddad, prefeito de SP", disse. "Foi de cortar o coração ver os funcionários e a dona chorando, como se eles tivessem cometido o assalto. Não foram", afirmou.