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Alckmin descarta rodízio e diz que não há meta de redução de consumo

Em São Paulo

25/05/2015 13h24Atualizada em 25/05/2015 13h59

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a descartar na manhã desta segunda-feira (25) a possibilidade de rodízio de água e disse que não há meta para redução de consumo. "Não existe uma meta específica. O que existe é o que se deseja. O que se deseja é a redução do desperdício e o uso racional da água. E até agora foi muito bem sucedido esse trabalho", afirmou, durante entrega de dois reservatórios em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

O jornal "O Estado de S.Paulo" revelou nesta segunda que, após quatro meses de vigência, a multa da água lançada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) teve até agora um impacto sobre a redução "espontânea" do consumo na Grande São Paulo 44% menor do que a meta anunciada pelo governo Alckmin.

A multa entrou em vigor no dia 8 de janeiro, após a aprovação da agência reguladora do setor e em meio a críticas de entidades de defesa do consumidor. Passados quatro meses, a economia de água em abril subiu 1,4 mil l/s, chegando a 6,2 mil l/s, ou seja, ainda 1,1 mil l/s abaixo da meta.

Questionado se o rodízio está descartado, Alckmin foi cauteloso. "Acho que sim. A gente nunca pode dizer que uma coisa é absoluta", disse. "Mas eu diria que todo o trabalho que foi feito de integração dos sete sistemas de abastecimento de água de São Paulo, mais a economia da população e mais as obras que estão ficando prontas, tudo isso no conjunto descarta o rodízio".

Alckmin afirmou que a população não relaxou em relação à economia de água em função do bônus, que está mantido. "O bônus continua. Está mantido o bônus. Acho até que pode cair um pouco mais o consumo no inverno. Na medida em que a temperatura cai, reduz um pouco o consumo."

CPI da Sabesp

Após nove meses de comissão, marcados por disputas partidárias e bate-boca, os vereadores da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo sugerem que a fiscalização dos serviços prestados pela companhia e o controle dos reajustes na conta de água devem ser feitos por uma autoridade municipal, e não pela agência reguladora vinculada ao governo do Estado, maior acionista da concessionária.

O governador disse que vai avaliar a possibilidade de transferência de atribuições, mas reforçou que a agência reguladora estadual "está funcionando bem". "Nós já temos um órgão regulador, que é a Arsesp, que regula saneamento e energia. Não conheço a proposta, mas a rigor você já tem (agência reguladora). Ela está funcionando, e funcionando bem. É preciso avaliar", disse.