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Maior fornecedor de água em SP, Guarapiranga completa 1 mês de quedas

Com a falta de chuva, o nível da represa Guarapiranga, que fica no sul da região metropolitana de São Paulo, está diminuindo drasticamente - Reinaldo Canato/UOL
Com a falta de chuva, o nível da represa Guarapiranga, que fica no sul da região metropolitana de São Paulo, está diminuindo drasticamente Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Em São Paulo

17/06/2015 11h07

Atual responsável por atender o maior número de pessoas na Grande São Paulo, o Sistema Guarapiranga voltou a perder volume armazenado de água e completou um mês de quedas consecutivas, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Já o Cantareira, considerado o principal manancial de São Paulo, manteve-se estável pelo segundo dia seguido, mesmo sem registrar chuvas.

Hoje, o Guarapiranga abastece cerca de 5,8 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, ante 5,4 milhões do Cantareira. Nesta quarta-feira (17), o reservatório localizado na zona sul da capital paulista perdeu 0,5 ponto porcentual do volume de água represada e opera com 76,5% da capacidade. No dia anterior, esse índice era de 77%.

Com a nova queda, o Guarapiranga completou um mês só de baixas. A última vez em que se manteve estável foi justamente no dia 17 de maio, quando estava com 82,7% da capacidade. De lá para cá, o manancial acumula perda de 6,2 pontos porcentuais: uma média de 0,2 ponto por dia. 

Já o Cantareira continua operando com 19,9% da capacidade - mesmo índice dos dois dias anteriores. Sobre a região, no entanto, não houve registro de chuva e a pluviometria acumulada de junho permanece abaixo da média.

Neste mês, os reservatórios que compõem o sistema registraram 22,1 milímetros de chuva. O volume representa cerca de 67% do esperado para o período, caso a média diária, de 1,95 mm, estivesse se repetindo.

O cálculo tradicionalmente divulgado pela Sabesp considera conta duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões de litros, que foram adicionadas no ano passado. Já de acordo com o segundo o cálculo negativo do sistema, o Cantareira ainda está com -9,3%.

No terceiro conceito, o manancial também se manteve estável e opera com 15,4% da capacidade. Esse cálculo divide o volume armazenado no Cantareira pelo volume total (volume útil mais duas cotas de volume morto).

A última vez que o Cantareira teve aumento do volume represado de água foi no dia 5 de junho. Na ocasião, o nível dos seus reservatórios subiu 0,1 ponto porcentual, passando de 20,1% para 20,2%.

Outros mananciais

Todos os principais mananciais registraram zero de chuva nas últimas 24 horas. O Alto Tietê e o Sistema Rio Grande registraram perda de água de 0,2 ponto porcentual.

O volume armazenado de água no Alto Tietê passou de 20,8% para 20,6% - número que considera uma cota de volume morto, com 39,4 bilhões de litros de água. Já o Rio Grande caiu de 89,8% para 89,6%.

Além do Cantareira, o Sistema Alto Cotia também ficou estável - em 65,2% da capacidade. Por sua vez, o Rio Claro foi o único a ter alta, de 0,6 ponto porcentual. O volume de água no reservatório é de 55%. No dia anterior, esse índice era de 54,4%.