Kassab defende legalidade de serviços prestados à JBS
Em conversa por telefone, Kassab disse ao Broadcast Político que espera que o andamento das investigações demonstre que todas as movimentações citadas ocorreram dentro da legalidade.
"A PGR ainda não concluiu seu trabalho - isso está evidente - e certamente esclarecerá todos esses pontos. Esta ainda é uma fase de apuração e eu me coloquei à disposição para colaborar como puder. Todos os documentos relacionados a esse assunto já foram devidamente encaminhados", afirmou Kassab.
Com base na delação da JBS, a Procuradoria-Geral da República aponta que Kassab teria recebido R$ 350 mil reais por meio de uma empresa de sua propriedade, a Yape Consultoria.
O valor total pago, segundo afirmações de Wesley Batista, um dos donos do frigorífico, seria de R$ 30 milhões. Além disso, a investigação apura o pagamento de R$ 28 milhões ao diretório nacional do PSD, que, segundo os delatores, teria por objetivo comprar o apoio da sigla em favor do PT. Kassab nega irregularidades em ambos os casos.
Ao falar especificamente sobre o contrato de sua empresa com a JBS, Kassab insistiu que a operação ocorreu dentro da legalidade e se refere a serviços de locação de caminhões. "Eu estou muito tranquilo quanto à legalidade de todos os serviços prestados pela minha empresa", afirmou.
O ministro insistiu no fato de o contrato ter sido firmado antes de a contratante ser adquirida pela JBS. A empresa em questão era o frigorífico Bertin, que foi alvo de denúncias durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi adquirido em 2009 pela JBS.
"Todos os serviços contratados foram prestados. Foram serviços de naturezas diversas", disse Kassab. "Esta minha empresa atuava no transporte de cargas. E eu tive diversos outros clientes. Toda a documentação vai atestar isso", continuou.
Dinheiro
Kassab comentou ainda o fato de a Polícia Federal ter encontrado R$ 301 mil em dinheiro vivo em seu apartamento localizado no bairro dos Jardins, em São Paulo. "Esta é uma consequência do bloqueio de bens com o qual estou convivendo", afirmou o ministro.
Em setembro deste ano, o juiz José Gomes Jardim Neto, da 9ª Vara da Fazenda Pública da capital, abriu ação de improbidade contra Kassab e determinou o bloqueio de R$ 21 milhões. O caso se refere ao suposto recebimento de valores por meio de caixa 2, entre 2008 e 2014.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.