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Em 2017, crime em escola de Goiânia foi inspirado em Columbine e Realengo

Movimentação em frente ao Colégio Goyases, em Goiânia, em 2017 - DIOMÍCIO GOMES/O POPULAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação em frente ao Colégio Goyases, em Goiânia, em 2017 Imagem: DIOMÍCIO GOMES/O POPULAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Breno Pires, Rodolfo Mondoni, enviados especiais; Sarah Teófilo e Cássia Miranda, especiais para a AE

Goiânia, Rio e São Paulo

13/03/2019 12h20

O adolescente de 14 anos, autor dos disparos que mataram dois estudantes e feriram outros quatro no Colégio Goyases, em Goiânia, disse, na ocasião ter se inspirado nos massacres em escolas de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio. O crime nos Estados Unidos foi em abril de 1999 e deixou 12 alunos e um professor mortos. Já o de Realengo, na zona oeste do Rio, foi em abril de 2011 e acabou com a morte de 12 alunos e do próprio atirador.

"Ele me disse que se inspirou em duas tragédias: Columbine e Realengo. E pensava em se vingar há aproximadamente dois meses", disse o delegado Luiz Gonzaga, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais de Goiânia, unidade para onde o garoto foi levado. A motivação principal foi um garoto que o "amolava muito".

Ataque semelhante ocorreu nesta quarta-feira, 13, em Suzano, na Grande São Paulo. O alvo forma alunos da Escola Estadual Raul Brasil. Subiu para dez o número de pessoas mortas no ataque. Os dois atiradores se mataram após o ataque. Há feridos.

Rio

Palco de um dos episódios que teriam inspirado o adolescente de 14 anos a atirar contra os colegas em Goiânia, a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, localizada na zona oeste do Rio, realiza atividades sobre a importância da paz e o combate ao bullying.

Em 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou no local e, com dois revólveres, matou 12 adolescentes e feriu outros 13.

Depois do caso, a Tasso da Silveira foi reformada e a entrada mudou de lado, passando para outra rua. Ganhou um moderno sistema de câmeras de segurança e hoje tem um guarda municipal permanentemente na portaria, que fica fechada. A maioria dos alunos e professores que estuda na unidade não estava lá no dia do episódio.