Senador americano pede para hotel não receber homenagem a Bolsonaro em NY
O senador democrata Brad Hoylman, membro do Senado de Nova York, publicou ontem uma carta para o hotel Marriot em que pede o cancelamento de uma homenagem para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).
Entre outras críticas, o democrata, que se apresenta como o único representante da comunidade LGBTQ nova-iorquina no Senado, citou o episódio em que o presidente brasileiro disse que seria incapaz de amar um filho gay.
"Além disso, o presidente Bolsonaro já disse que uma deputada brasileira não merecia ser estuprada porque ela é muito feia", acrescentou Hoylman, em referência ao embate entre Bolsonaro e a petista Maria do Rosário.
Depois das recusas do Cipriani Hall e do Museu da História Natural, o hotel Marriot surgiu como o endereço em que a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos pretende entregar o título de Personalidade do Ano ao presidente brasileiro.
Os ingressos para o jantar de gala, com preço individual de US$ 30 mil, esgotaram no começo deste mês. Dias depois, Bill de Blasio, prefeito de Nova York, chamou Bolsonaro de "ser humano perigoso", racista e homofóbico. Naquele momento, o prefeito pedia que o Museu da História Natural não recebesse o evento.
A premiação da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, realizada anualmente, já homenageou Sergio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública, e Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central.
Críticas
Na carta, o senador americano disse estar "profundamente preocupado" com a mensagem que o hotel Marriot passa à população nova-iorquina ao receber a homenagem a Bolsonaro.
Afirmou também que o presidente brasileiro tem um histórico "extremamente perturbador" de declarações intolerantes e misóginas.
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