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'Também não tenho apego ao cargo, mas Moro não sai', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro - Fátima Meira/Futura Press /Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro Imagem: Fátima Meira/Futura Press /Estadão Conteúdo

José Maria Tomazela

Guaratinguetá

19/06/2019 18h23

Horas depois de o ministro da Justiça, Sergio Moro, ter dito durante audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado que não tem apego ao cargo e, se cometeu irregularidade, deixaria o ministério, o presidente Jair Bolsonaro saiu de novo em defesa do ex-juiz da Lava Jato.

"Eu também não tenho apego ao meu cargo. O ministro é livre para tomar as decisões que bem entender. O Sergio Moro é patrimônio nacional e, se depender de mim, não sai", disse.

'Se houver alguma irregularidade, eu saio', diz Moro

UOL Notícias

Em entrevista coletiva, após solenidade militar de formatura de sargentos da Aeronáutica, em Guaratinguetá, interior de São Paulo, ele disse que, "até agora", não viu nada de mais nas supostas conversas atribuídas a Moro, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

Questionado se poderia demitir Moro como fez com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, ele disse que não demitiu Levy, mas foi ele quem pediu para sair.

"Não posso casar pensando em separar um dia. Não vi nada de anormal até agora (nas conversas de Moro). Querem tentar me atingir atacando quem está do meu lado. O Sergio Moro é patrimônio, podem procurar outro alvo porque esse já era. Ele fica."

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.