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Gilson Machado diz que turistas que devem julgar preservação do meio ambiente

Gilson Machado diz que turistas que devem julgar preservação do meio ambiente -                                 ISAC NÓBREGA/PR
Gilson Machado diz que turistas que devem julgar preservação do meio ambiente Imagem: ISAC NÓBREGA/PR

Emilly Behnke

Brasília

11/01/2021 16h27

Apesar dos índices recordistas de desmatamento no ano passado, o ministro do Turismo, Gilson Machado, avaliou que o Brasil é um dos países com o meio ambiente mais preservado. Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, o ministro disse que cabe aos turistas julgarem a preservação ambiental no País por meio de avaliações em aplicativos e plataformas de reserva turísticas.

"Eu não tenho dúvida que o País da gente é o mais preservado. Sabe por quê? Nós hoje temos um aliado chamado motores de reserva: Booking, Expedia, TripAdvisor. Esses motores de reserva, ele é quem vai julgar. Quem vai julgar se o meio ambiente está preservado é o próprio turista", disse na entrevista que foi ao ar na madrugada desta segunda-feira, 11.

De acordo com o ministro, "o próprio trade hoje fica de olho na fiscalização ambiental" e ajuda a manter o meio ambiente equilibrado. "O nosso maior patrimônio hoje é o meio ambiente preservado, eu não consigo vislumbrar turismo sem estar conectado com o meio ambiente", disse. A reportagem questionou o Ministério do Meio Ambiente sobre as declarações de Gilson Machado, mas até a publicação deste texto não recebeu retorno.

Na entrevista, o ministro voltou a dizer que o País foi um dos que melhor se recuperaram durante a pandemia da covid-19. Segundo ele, a recuperação econômica e do turismo foi além do previsto e atribuiu isso ao forte turismo interno e a exportação de turistas para outros países.

Com a vacina, Machado prevê que o turismo doméstico deve voltar ao patamar normal rapidamente ainda neste ano. "Volta 100% (neste ano), até mais que 100%", disse. O mesmo, contudo, não ocorrerá com o turismo estrangeiro, que só deve retomar os níveis de 2019 em 2023. "Não é tão fácil reativar uma rota internacional e não é tão fácil gerar uma confiança entre os países no protocolo de segurança."

Pandemia

Ao falar sobre a recuperação da malha aérea, Gilson Machado citou que as praias brasileiras estão lotadas. Apesar disso, segundo ele, o brasileiro está sendo "responsável" na retomada de viagens. O País enfrenta atualmente uma nova alta de casos da covid-19 e acumula mais de 203 mil mortes e 8,1 milhões de infectados.

"Já tem um protocolo de segurança, governos estaduais e municipais estão fiscalizando e o pessoal está indo para a praia. O pessoal, o turista hoje, qualquer pessoa não tem mais o medo do covid que tinha no começo da doença", comentou. Machado ressaltou, contudo, que é preciso seguir os protocolos de biossegurança e fiscalizações.

Ainda no contexto do avanço da pandemia, Machado disse que o governo vai manter o "feriado do Carnaval", mas ressaltou que não há condições sanitárias para as comemorações de rua, referidas como "festa profana". "O nosso governo não vai fazer nada para proibir o feriado do carnaval, agora a festa carnaval, que é uma festa profana, todo mundo sabe, isso daí fica a cargo dos governos (locais)", disse.

As perdas pelo cancelamento das festas comemorativas do carnaval devem chegar a R$ 2 bilhões, segundo o ministro. Apesar disso, ele incentivou que a população viaje no período. "Não quer dizer que você não possa viajar para um destino turístico perto, para uma montanha, para uma praia, um local de gastronomia e pujança cultural."

Conhecido como o "ministro sanfoneiro", empossado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, Machado afirmou que estará nos palcos, se a pandemia permitir a realização de festas juninas neste ano. "Quando eu não estiver no ministério, tiver uma brecha, eu vou tocar porque eu estou ministro, mas eu sou sanfoneiro, nordestino, pernambucano com muito orgulho e eu nunca vou trocar o ser pelo estar."

Aliado e amigo do presidente, Gilson Machado disse acreditar na consolidação do Aliança pelo Brasil, partido ainda em formação que Bolsonaro tenta criar. O ministro afirmou ainda que não tem pretensões de se candidatar para cargos eletivos, mas que o faria caso o chefe do Executivo pedisse. "A pedido do presidente eu faço qualquer coisa porque eu confio nele como um patriota, como um homem cristão, honesto e incorruptível e que está resgatando toda a autoestima que todo o povo tinha perdido", declarou.