Lula minimiza fôlego de Bolsonaro em pesquisas e diz ter confiança na vitória
Questionado sobre a recuperação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em pesquisas de intenções de voto na corrida ao Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a distância entre eles continua acima de 15 pontos e que, no segundo turno, essa distância aumenta.
"Estou tranquilo e estou com certeza de que temos todas as condições para ganhar as eleições em 2022", afirmou em entrevista à Rádio CBN Campinas
"É preciso trabalhar, é preciso colocar o pé no chão, é preciso andar o Brasil, é preciso conversar com as pessoas, elaborar um programa que leve em conta a necessidade de gerar empregos, de recuperar a massa salarial que caiu 9% este ano, de fazer com que a gente tenha política de crédito para pequeno e médio empreendedor brasileiro [...]", completou Lula. A estratégia do petista é focar na carestia para rivalizar com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula voltou a dizer que transformará o BNDES em um banco com foco em programas para pequenos e médios empresários brasileiros.
Alckmin
Lula voltou a afirmar que a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) à vice na chapa ao Planalto é importante para abrir diálogo com setores da sociedade que estavam afastados do Partido dos Trabalhadores. "Alckmin agrega experiência, agrega um setor da sociedade que durante muito tempo não votou no PT ou não quis votar no PT. O Alckmin agrega pessoas que pensam diferente de nós em muitas coisas", defendeu durante a entrevista.
O PT aposta que o ex-governador seja elo de Lula em, principalmente, três segmentos: agronegócio, evangélicos e mercado financeiro.
Como mostrou o Estadão, cresce dentro do PT e também no PSB a expectativa de que Alckmin "retorne ao centro", em referência aos acenos à esquerda feitos pelo ex-governador paulista e atual vice na chapa de Lula. O mais recente foi quando Alckmin ouviu o hino Internacional Socialista no congresso do PSB.
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