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Prefeito de Ilhabela chama promotor de 'mau-caráter', após ação que pode deixá-lo sem mandato

O prefeito de Ilhabela, no litoral Norte de São Paulo, Antonio Luiz Colucci (PL), o Toninho Colucci, partiu para o ataque contra o promotor de Justiça responsável pela ação de improbidade que agora pode fazê-lo perder o mandato.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou um recurso de Colucci e manteve sua condenação. O processo envolve a contratação de uma empresa de ônibus. Ele ainda pode recorrer ao plenário da Corte.

O prefeito afirmou em entrevista à rádio Ilhabela FM que foi 'perseguido' e ameaçado pelo promotor Tadeu Badaró. "Ele pode ser uma sumidade como promotor, ser inteligente, pode ser tudo isso, só que ele é bipolar, ele já ameaçou vereador e me ameaçou", narrou.

Toninho Colucci disse ainda que o promotor é 'descompensado'. "Ele é uma pessoa de mau-caráter, mal intencionada, bipolar", seguiu.

O prefeito afirmou que Badaró 'abusou do poder' e que essa e outras denúncias contra ele foram 'premeditadas'. "Ele me avisou. Primeiro contato que eu tive com ele, ele disse pra mim: 'prefeito eu vou ficar aqui e vou abrir muitas ações contra o senhor e, se eu lhe condenar em uma, casso seus direitos políticos'", contou Colucci na entrevista.

As acusações do prefeito provocaram uma enfática reação do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo. Ele classificou os impropérios de 'aleivosias' de Colucci, a quem chamou de 'ex-prefeito'.

"O Ministério Público de São Paulo não persegue quem quer que seja", afirma Sarrubbo. "O senhor Colucci sabe disso e deveria também saber que a nossa instituição não transige com uma de suas mais nobres missões: salvaguardar o patrimônio público."

O procurador-geral destacou que 'o norte de todos os membros do Ministério Público de São Paulo segue sendo o de defender o regime jurídico, por mais que isso possa incomodar quem prefere andar à margem da lei'.

Toninho Colucci também é alvo de uma ação movida em conjunto pela Procuradoria da República em São Paulo e pelo Ministério Público do Estado por supostamente incentivar a população a desmatar a vegetação protegida que cresce ao redor das praias da cidade. O processo cobra R$ 2 milhões.

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Ele já foi condenado em outra ação de improbidade movida pelo MP de São Paulo por contratações temporárias para preencher vagas no projeto Ilhabela em Movimento.

COM A PALAVRA, TONINHO COLUCCI

A reportagem do Estadão encaminhou à prefeitura de Ilhabela pedido de manifestação de Toninho Colucci. O espaço está aberto

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