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Premiê da Nova Zelândia nega elo entre ataques no Sri Lanka e Christchurch

24/04/2019 07h50

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse hoje que seu governo não recebeu nenhum alerta do Sri Lanka nem qualquer relatório de inteligência que comprove que os atentados do último domingo (21) foram uma represália pelo massacre em duas mesquitas de Christchurch.

Os ataques, que atingiram três igrejas, três hotéis e um condomínio residencial em três cidades do país asiático, incluindo a capital financeira Colombo, foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico e deixaram ao menos 359 mortos.

Já o governo local culpa a obscura milícia islâmica National Thowheeth Jama'ath, que até então realizara apenas alguns atos de vandalismo contra estátuas budistas. Segundo Ardern, no entanto, a Nova Zelândia não teve acesso a nenhum relatório de inteligência que ligue os ataques no Sri Lanka com o massacre de Christchurch, que fez 50 vítimas em 15 de março.

A primeira-ministra disse a jornalistas em Auckland que o Sri Lanka ainda está no começo das investigações e que a Nova Zelândia está disposta a auxiliar no inquérito. Até o momento, 58 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento nos atentados de 21 de abril, mas a polícia não deu detalhes sobre os detidos.

O país asiático enfrentou uma longa guerra civil entre 1983 e 2009, mas não há indícios de que os ataques tenham sido motivados por questões étnicas.

Grupo Estado Islâmico reivindica atentados no Sri Lanka

AFP