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Após ômicron, casos de covid-19 aumentam 255% na África do Sul

Segundo a OMS, pelo menos 46% dos casos mundiais de ômicron foram registrados na África - iStock
Segundo a OMS, pelo menos 46% dos casos mundiais de ômicron foram registrados na África Imagem: iStock

09/12/2021 17h02

ROMA, 9 DEZ (ANSA) - Quinze dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ser notificada sobre a descoberta da variante ômicron, o número de novos casos de Covid-19 registrados na última semana na África do Sul aumentou 255%.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) pelo braço regional da OMS, que afirmou que entre as infecções há casos provocados pelas variantes Delta e ômicron.

Um estudo da principal instituição privada de saúde do território, a Netcare, citado pelo "The Guardian", também confirmou os dados e revelou que menos de um terço dos pacientes hospitalizados após uma infecção pela ômicron está em estado grave, em comparação com mais de dois terços registrados nas ondas anteriores do vírus.

"A principal observação que fizemos nas últimas duas semanas é que a maioria dos pacientes nas enfermarias de covid não depende de oxigênio", afirmou o médico Fareed Abdullah, do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.

As autoridades sanitárias explicam que não há um crescimento paralelo de doentes gravemente enfermos, o que faz aumentar as evidências científicas de que a ômicron causa sintomas "mais leves" do que outras cepas.

De acordo com a OMS, os primeiros sinais que emergem do continente são mistos: se a variante parece ter ao menos algum grau de escape vacinal e maior transmissibilidade, também aparenta causar quadros mais leves da doença.

Até o momento, segundo a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 46% dos casos mundiais de ômicron foram registrados na África. Em um mês, entre 8 de novembro e 8 de dezembro, a média móvel sul-africana disparou de 264 casos diários para 13,5 mil.

A tendência é que haja uma nova alta nesta semana.

Para conter a disseminação da variante, diversas nações impuseram restrições contra viajantes da África meridional, apesar de a OMS já ter criticado essa medida. (ANSA)