China e Rússia vetam sanções da ONU contra Coreia do Norte
NOVA YORK, 26 MAI (ANSA) - Durante Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (26), a China e a Rússia vetaram o projeto liderado pelos Estados Unidos para impor novas sanções contra a Coreia do Norte, após os últimos lançamentos de mísseis balísticos.
A proposta tinha como objetivo "limitar ainda mais a capacidade de Pyongyang de realizar seus programas ilegais de armas de destruição em massa e mísseis balísticos, simplificar a implementação de sanções e facilitar a entrega de ajuda humanitária aos necessitados".
Além disso, o plano reduzia a quantidade anual de petróleo importada pelo país de 3 milhões para apenas 1 milhão de barris, enquanto os produtos de origem mineral teriam sua exportação banida.
O texto obteve 13 votos a favor, incluindo do Brasil, que ocupa assento não permanente no Conselho, mas foi barrado por China e Rússia, que têm poder de veto por serem membros permanentes.
Nos últimos dias, a Coreia do Norte disparou mais três mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão, poucas horas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter concluído uma viagem à Ásia.
Segundo a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, "Coreia do Norte lançou três mísseis balísticos nos últimos dias e é uma ameaça à paz e à segurança de toda a comunidade internacional".
"É inegável que Pyongyang continua seu programa de mísseis balísticos em violação de inúmeras resoluções da ONU e não podemos permitir que normalize esse comportamento ilegal e desestabilizador. Não podemos fazer disso a nova norma, não podemos permitir esse comportamento perigoso", acrescentou a diplomata americana.
No entanto, o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, rebateu que "continuar no caminho das sanções não ajuda a resolver os problemas". "O objetivo é promover o diálogo e a negociação", enfatizou o representante de Pequim.
Para a o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, "o endurecimento das sanções é um beco sem saída que produz pressões desumanas e ineficazes contra Pyongyang".
"Os EUA e seus aliados parecem não ter outra solução para a crise a não ser impor sanções", concluiu diplomata de Moscou.
As negociações para desnuclearização da Península Coreana estão travadas desde fevereiro de 2019, quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou abruptamente uma cúpula com Kim Jong-un no Vietnã. (ANSA)
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