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Com fuzil, guia supremo do Irã pede união islâmica contra Israel

O guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, liderou as orações desta sexta-feira (4) na Mesquita Imã Khomeini, em Teerã, algo que não acontecia desde 2020, para homenagear o líder do grupo xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto em um ataque israelense em Beirute, capital do Líbano, em 27 de setembro.

Com um fuzil a seu lado, Khamenei afirmou que o bombardeio iraniano contra Israel, na última terça (1º), foi "legal e legítimo" e conclamou os países muçulmanos, a se unirem contra o "inimigo" em comum.

"Hoje o inimigo do Irã é o inimigo da Palestina, do Líbano, do Iraque, do Egito, da Síria e do Iêmen. Todos os países têm direito de se defender segundo as regras islâmicas e internacionais, e ninguém pode criticar os palestinos e os libaneses por sua resistência contra o regime ocupante sionista", afirmou o guia supremo.

"O ataque brilhante do Irã foi a punição mínima para crimes sem precedentes do cão raivoso dos Estados Unidos na região. O Irã continuará cumprindo com seus deveres, sem pressa e sem demora", ressaltou o aiatolá.

O bombardeio de terça lançou mais de 200 mísseis contra Israel, mas sem deixar vítimas, em retaliação pelas mortes de Nasrallah e Ismail Haniyeh, vítima de uma operação da inteligência israelense em Teerã, em 31 de julho.

Khamenei não guiava as orações de sexta-feira desde janeiro de 2020, após o Irã ter atacado uma base do Exército dos EUA no Iraque, em resposta pelo assassinato do comandante da Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, Qasem Soleimani.

Durante o discurso, o guia supremo elogiou a "luta do Hezbollah", grupo financiado pelo Irã, e assegurou que Israel não pode "infligir danos sérios" ao grupo xiita ou ao Hamas. "O próprio regime [israelense] não vai durar muito", salientou.

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