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Americanos relatam como se preparam para encarar o furacão Sandy

29/10/2012 16h15

O presidente Barack Obama alertou os americanos para que levem o furacão Sandy muito a sério, à medida que a poderosa tempestade chega à costa leste dos Estados Unidos.

Vários Estados já declararam emergência, fecharam escolas e interromperam os sistemas de transporte. A cidade de Nova York determinou a evacuação obrigatória de centenas de milhares de moradores de áreas baixas.

Veja relatos de como as pessoas estão se preparando para enfrentar a tempestade, apelidado de "Frankenstorm" (jogo de palavras com Frankenstein e storm, que significa tempestade, em inglês).


Segunda-feira, 10h30 (12h30 no Brasil), Atlantic City, Nova Jersey

Catherine Barde, funcionária da Cruz Vermelha

Nós estamos na rota do furacão, que deve chegar aqui às 18h. As ruas já começam a ficar inundadas. Não há nenhum carro.

Ontem houve uma evacuação obrigatória na cidade. Todos os moradores foram obrigados a buscar abrigos mais seguros.

Na noite passada, mais de 4,5 mil pessoas pernoitaram em 190 abrigos da Cruz Vermelha.

Nós vamos ficar aqui durante todo o período da passagem do furacão. Há pessoas que não saíram, e nós precisamos estar aqui para prestar serviços de assistência.

Nós temos um plano, temos uma boa quantidade de mantimentos, nós estamos no melhor lugar possível e nós nos sentimos seguros onde estamos.

Segunda-feira, 9h (11h no Brasil), Bear, Delaware

Angela Dietrich

No momento há muita chuva, um pouco de vento - bem pouco, porém, e muita água por todo lado. Nos avisaram para esperar ventos mais fortes mais tarde e amanhã de manhã.

Nós estamos bem preparados para que está acontecendo. Temos bastante comida, bastante água. Eu vou sair em breve e abastecer o carro com gasolina, caso seja necessário sair daqui.

Nós estaremos de prontidão, prontos para partir. O plano é ir para a casa dos meus sogros, que vivem em Iowa - com sorte, eles não serão afetados, e nós poderemos esperar (o furacão passar) lá.

Segunda-feira, 2h (4h no Brasil), Nova York

Sumeet Gajri

Eu moro no centro financeiro de Nova York. Eu deixei meu apartamento hoje porque está localizado na chamada Zona A. Normalmente eu encaro essas previsões com um pé atrás, mas o potencial da chamada "Frankenstorm" me fez prestar atenção à ordem de evacuação do prefeito Michael Bloomberg.

Eu achei essencial cumprir a ordem, já que o rio Hudson fica a cerca de 400 metros do meu prédio e a possibilidade de ficar sem energia elétrica é uma preocupação real.

Toda a situação está sendo levada muito a sério pelas autoridades locais e por outras instituições.

Segunda-feira, 00h40 (2h40 no Brasil), Nottingham, Pensilvânia

Danna Cornick

Nós estamos do sudeste da Pensilvânia, a cerca de 5 milhas (8 quilômetros) do rio Susquehanna.

Tenho idade suficiente para ter vivido uma boa quantidade de tempestades e encarei a maior parte delas como indiferença, mas esta é assustadora. Além disso, o furacão Sandy é tão vasto geograficamente, tenho vários amigos que estão na sua rota.

Até agora nós tivemos cerca de 50mm de chuva nas últimas 12 horas. O vento deve ganhar força até a metade da manhã.

Domingo, 21h35 (23h35 no Brasil), Staten Island, Nova York

Elysia McColley

Estou na cidade de Nova York e tive de tentar chegar rapidamente em casa hoje à tarde antes que o sistema de transporte fosse fechado. Quando cheguei em casa já estava chovendo e o vento estava forte.

No sábado o tempo estava bom, mas parece está mais frio e como se já estivesse começando.

Eu queria correr até o mercado para me abastecer de alguns produtos essenciais, mas como o tempo já estava ficando pior, fui diretamente para casa.

Espero que a internet não fique fora do ar por mais de um ou dois dias, porque sou escritora e faço a maior parte do meu trabalho online.

 

  • Arte BBC