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Antifas e supremacistas: quem são os militantes nos extremos da política americana

Rob Cantrall e Luis Enrique Marquez concordaram em estar frente a frente  - Image Caption
Rob Cantrall e Luis Enrique Marquez concordaram em estar frente a frente Imagem: Image Caption

Mike Wendling - BBC Trending, Portland (EUA)

17/03/2019 07h00

Desde a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, grupos de extrema-direita e ativistas de extrema-esquerda se confrontaram nas ruas de lugares como Nova York, Berkeley e Charlottesville. Mas um enclave progressista talvez seja o epicentro da tensão: Portland, no Estado de Oregon, no noroeste do país.

Dois representantes de ambos os lados concordaram em ficar frente a frente e conversar. Veja como foi o encontro com o repórter do BBC Trending Mike Wendling:

Eu não achava que eles poderiam ficar na mesma sala, até que ali estavam, um diante do outro.

Decidimos por um ponto de encontro neutro - um clube canábico na cidade, que pertence a um Estado em que o uso recreativo da maconha é legalizado. Se tem uma coisa que Luis Enrique Marquez e Rob Cantrall têm em comum é acreditar que flexibilizar as leis sobre o uso de drogas é uma boa ideia.

Luis, aparentando nervosismo, entra usando óculos de sol e chapéu. Rob apresenta os olhos atentos e, ao que parece, a intenção de ao menos protagonizar um confronto verbal.

Separados por uma mesa, esses homens já trocaram ofensas e ameaças anteriormente - nas ruas e na internet.

Como parte da temporada atual do programa Crossing Divides, da BBC, pedimos que eles se encontrassem pessoalmente - uma forma de avaliar se é possível que pessoas em posições extremas no espectro ideológico possam encontrar um ponto em comum.

De todo modo, a reunião é acompanhada por três seguranças e é iniciada comigo dizendo: "Regra número um, sem violência".

Rob pede que Luis tire seus óculos.

"Sentirei muito mais que estou interagindo com você se eu puder ver seus olhos", diz.

Luis responde com um tenso "não".

E aí começamos a ir ladeira abaixo.

Cenário progressista ganha novos personagens após eleição de 2016

Luis e Rob fazem parte de cenas que se tornaram comuns em um cenário improvável. Portland, uma cidade de 700 mil pessoas na costa do Pacífico, tem a reputação de ser casa para progressistas e para um estilo de vida mais relaxado. Em alguns distritos, menos de 10% dos eleitores votaram em Trump.

Mas, desde a eleição de 2016, Portland se tornou palco de alguns dos episódios mais violentos dos EUA nas últimas décadas.

Protestos anarquistas com danos a propriedades logo após a eleição levaram a mais de 100 prisões. Depois, um grupo de extrema-direita chamado Patriot Prayer organizou ali recorrentes manifestações pró-Trump e "a favor da liberdade de expressão".

manifestações em protland - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Quando os Patriot Prayer vão para as ruas, se juntam a eles os Proud Boys, um grupo que se descreve como uma organização fraternal. Outros, como a organização Southern Poverty Law Center (SPLC), o classificam como um grupo de ódio.

Essas marchas costumam se deparar, por sua vez, com movimentos que se colocam como antifacistas.

antifascistas - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Não existe uma filosofia ou organização que centralize o antifascismo - na prática, ele é conduzido por anarquistas, socialistas e comunistas. Mas, em Portland, o que está na ordem do dia é claro: confrontar extremistas de direita.

Tanto na esquerda quando na direita há pessoas que não têm medo da violência.

A casa de Luis Enrique Marquez

Em uma parte modesta de Portland, é possível observar aquele que é um retrato clássico de muitos bairros americanos: casas com bandeiras do país, cesta de basquete no quintal e caminhonetes.

Mas, na vizinhança, uma casa se destaca pela diferença: a janela frontal está quebrada por um tijolo atirado; placas dizem "Somos todos imigrantes. Somos todos uma família".

É a casa de Luis Enrique Marquez. Ela também funciona como um ponto de encontro de ativistas antifascistas, que passam ali para fazer planos e se divertir um pouco.

Enquanto conversamos, seus companheiros estão fazendo um grande cartaz que mostra uma caricatura do presidente americano caindo do muro que ele planeja criar, na fronteira com o México, desde a campanha eleitoral.

Os antifascistas também são anti-hierárquicos, mas fica claro que os mais jovens colocam Luis em uma posição verticalizada - acima.

Ele, no meio do caminho entre os 40 e 50 anos, é falante e educado. Sempre esteve envolvido na cena punk e antirracista de Portland, mas sua devoção ao antifascismo tem elos com a eleição de Trump.

"Minha filosofia pessoal é que, em qualquer lugar onde estiver o fascismo, estarei lá para confrontá-lo".

Mas pergunto: confrontar diretamente não joga mais atenção às ideias radicais que seu grupo está tentando conter?

Ele pensa longamente.

"Isso é como pensar o argumento como parte de um mercado de ideias, né? Como se as boas ideias subissem ao topo (com a demanda) e as más fossem para baixo?", indaga.

"As palavras são perigosas", argumenta. "Hitler não levou um único judeu às câmaras de gás, mas suas palavras envenenaram milhões."

"Então, se você se aproxima de mim ou dos meus amigos e fala de ódio, haverá uma consequência para suas ações."

O encontro com Rob Cantrall

No dia seguinte, eu e minha equipe pegamos a estrada por cinco horas em direção ao sul de Oregon, passando por montanhas e densas florestas de pinheiros.

Estamos indo encontrar Rob Cantrall, o chefe da seção local dos Proud Boys.

Ele é um cara alto e parrudo, tem 46 anos, mas aparenta ser mais velho. Rob está vestindo uma camisa polo da marca Fred Perry - vestimenta que os Proud Boys adotaram como uma espécie de uniforme.

Ele e outros Proud Boys - na tradução livre, algo como "Garotos Orgulhosos" - insistem que apenas entram em confronto físico como defesa pessoal.

"Um dos princípios é que nunca devemos bater primeiro", ele me diz. "Alguns caras gostam de lutar, outros, não."

Rob está no primeiro grupo: "Fico muito violento nas brigas. Sou um dos mais violentos porque não gosto de lutar por muito tempo, então quero terminar logo".

Existem dezenas de representações dos Proud Boys nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Canadá, apesar de não haver um diretório central e uma estimativa sólida sobre o número total de membros.

A existência do grupo foi anunciada em 2016 por Gavin McInnes, uma forte figura midiática do campo conservador. Os encontros, segundo escreveu McInnes, "normalmente consistem em beber, brigar e ler em voz alta (o livro) Death of the West, de Pat Buchanan".

Para adentrar o primeiro nível do grupo, os homens - apenas pessoas biologicamente nascidas assim - devem recitar: "Sou um chauvinista ocidental e me recuso a pedir desculpas por criar o mundo moderno".

O segundo degrau inclui ser agredido por companheiros enquanto grita nomes de cinco tipos de cereais matinais. Também é preciso se comprometer em evitar a masturbação e o pornô - o grupo diz que isso erode relações tradicionais.

Para chegar ao terceiro degrau, é preciso ter uma tatuagem dos Proud Boys. Também há um quarto estágio honorário: vários membros me disseram que ele é concedido com a defesa do grupo nas ruas, o confronto com antifascistas e uma eventual prisão.

Rob está no terceiro estágio. Ele diz que o grupo lhe deu confiança com as mulheres e um novo propósito. Mas também levou a conflitos com sua família - por exemplo, com sua mãe e o irmão, liberal.

O Proud Boy me mostra o campo onde trabalhou plantando maconha no verão passado. Agora que a colheita terminou, ele conta com um cheque mensal de US$ 900 (cerca de R$ 3.400) da assistência social - apesar de um dos lemas do grupo ser acabar com qualquer tipo de ajuda dessas.

Quando encontramos Rob, ele estava dormindo em seu carro com seu gato e boa parte de suas coisas.

"Estamos tentando salvar o estilo de vida que é a liberdade", diz, e "não deixar que nos tornemos uma nação comunista opressora".

Os princípios dos Proud Boys combinam o capitalismo ao estilo Trump ("glorifiquem o empreendedor", "fechem as fronteiras"), o libertarianismo radical ("deem a todos uma arma", "acabem com o Estado de Bem Estar Social") e noções tradicionais de gênero ("Venerem a dona de casa").

Suas polêmicas figuras também ampliam o nome dos Proud Boys. Antigo membro, Jason Kessler, por exemplo, esteve à frente das sangrentas manifestações Unite the Right em Charlottesville em 2017.

Gavin McInnes, o fundador, processou a Southern Poverty Law Center (SPLC) pelo fato da organização ter classificado os Proud Boys como um grupo de ódio. Mas ele próprio se desligou posteriormente do grupo depois de uma briga do lado de fora de um clube republicano em Nova York.

Dez Proud Boys foram presos naquele dia. Dois já receberam sentenças curtas por conduta desordeira e deverão prestar serviços comunitários; outros seis estão aguardando seus vereditos por acusações mais sérias, incluindo tentativa de agressão e tumulto.

Beber e brigar

As marchas em Portland são organizadas por um grupo chamado Patriot Prayer, sediado no subúrbio de Vancouver, em Washington, do outro lado do rio Columbia. Vancouver também é lar de um contingente considerável de Proud Boys.

Eles estão bebendo em um bar onde uma noite de karaokê está a todo vapor. Saímos, no ar gelado, para conversar - a maioria do grupo vestindo nada mais do que suas camisas Fred Perry de manga curta.

Eles zombam da noção de que são extremistas e insistem que receberam um tratamrnto duro da mídia.

"Meu pai é do México", um deles me conta.

Outros apontam para representantes de minorias e homens gays no grupo.

"É tão engraçado ver um cara branco antifascista me chamando de racista".

Um dos Proud Boys é Tusitala "Tiny" Toese. Originalmente da Polinésia, seu apelido é irônico - "Tiny" originalmente significa "pequenino" em inglês, mas meu interlocutor é enorme. Ele já foi preso 18 vezes - com registros de agressão, assédio e conduta desordeira.

"A maior parte dos caras está aqui apenas para beber", diz Tiny.

Para ele, não são as etnias ou o gênero que estão causando divisões entre as pessoas - mas as crenças políticas.

"Cansamos-nos de ver as pessoas serem surradas", diz, "só por terem uma crença diferente daquelas que usam máscaras".

Disse a Tiny que os antifascistas defendem praticamente a mesma coisa - o direito de terem a abertura necessária para organizar movimentos anti-Trump em paz.

"Eles estão sendo egoístas", ele rebate. "Nem todo mundo em Portland concorda com eles. E se eles estão tentando construir uma comunidade, é uma comunidade de ninjas mascarados que não segue a lei".

O que Portland pensa?

A maioria dos moradores de Portland abomina as marchas da direita, mas muitos criticam as táticas antifascistas também.

O prefeito da cidade, Ted Wheeler, um democrata, é claro sobre quem ele culpa pela violência.

"Por que essas coisas estão acontecendo em Portland? Em parte, porque somos uma comunidade progressista", ele me diz. "Grupos como Patriot Prayer e Proud Boys... eles vêm de fora".

"Eles vêm porque sabem que a mensagem deles não é necessariamente bem-vinda aqui. Estão tentando provocar uma reação."

Ele também culpa Trump.

"Seu fracasso em se colocar contra isso (a situação de violência), seu fracasso em lidar com a supremacia branca, deu licença a organizações que querem vir aqui e expressar seu ódio", diz.

"É o trabalho do presidente assegurar a proteção à liberdade nos Estados Unidos da América. E ela está sob ataque".

Nem os Proud Boys nem os antifascistas confiam nas autoridades da cidade. Ambos os lados dizem que a polícia é mais suave com o oponente.

De volta à casa de Luis

Na casa de Luis, os ativistas "antifa" conversam durante um jantar com comida indiana. Eles refutam a diversidade entre os Proud Boys, dizendo que se trata de uma cobertura superficial para uma ideologia extrema.

"Eles estão apoiando um presidente cujas políticas têm consequências na vida real de pessoas que eles afirmam aceitar", diz um deles.

Luis me mostra mensagens ameaçadoras que recebeu de Rob Cantrall: "Não me deixe te pegar na rua"; "Meu lado obscuro quer ver você sangrar". Existem muito piores.

Luis rebate na mesma letra. Uma vez, respondeu a Rob: "Prefiro que você cometa suicídio. Não temo você".

Uma das antifascistas, uma militar veterana, mostra-me a arma que carrega sempre consigo.

"Eu realmente não gosto de armas, honestamente", ela diz. "Quando saí do Exército, me livrei de todas as armas que eu tinha".

A veterana, que falou sob condição de anonimato porque teme por sua segurança, é transgênero e antifascista. Isso, ela diz, faz dela duplamente um alvo de extremistas.

"Na última vez que fui agredida, bati no meu atacante sem atirar nele", conta. "E tenho que dizer que esse é um nível de contenção que a polícia não teria."

O que diz a polícia

A chefe de polícia de Portland, Danielle Outlaw, diz que seus agentes têm um trabalho difícil. Eles devem proteger a liberdade de expressão, bem como garantir a segurança pública. E a lei diz que eles devem agir reativamente, mesmo se grupos com uma história conhecida de violência se reunirem.

"Temos que facilitar e permitir que as pessoas exerçam sua liberdade de expressão, como garante a primeira emenda", explica. "Não estamos autorizados a fechar qualquer coisa antes que algo aconteça".

"Com as mídias sociais hoje, nem sempre temos a oportunidade ou o luxo de nos anteciparmos".

Outlaw se tornou em 2017 a primeira mulher negra a liderar a corporação em Portland.

"Algumas pessoas me questionam: 'De que lado você está? O que as meninas negras vão pensar quando virem você proteger os supremacistas brancos?'"

"Se começarmos a fazer julgamentos morais, entramos em uma ladeira escorregadia".

Mas as palavras dela não acalmam Luis e seus companheiros. Ele me mostra o tijolo que quebrou sua janela.

"A polícia já descobriu quem foi o responsável?", pergunto.

Ele me olha com descrença e responde: "Eu não chamo a polícia".

O encontro

Fazer Rob e Luis se reunirem demandou meses de negociação cuidadosa. Concordamos em fazer o encontro no clube canábico North West Cannabis Club - lembrando que o consumo recreativo de maconha é legalizado em Portland e no resto do Oregon.

Quando eles chegam, os seguranças fazem uma revista por armas. Depois do início tenso - e da recusa de Luis em tirar os óculos -, começo perguntando-lhes o que pensam um do outro.

"Eu acho que ele é um fanático", diz Luis sobre Rob. "Acho que ele é um misógino, que é violento com as mulheres. Eu acho que ele é um racista, que é ignorante e eu acho que ele está desorientado".

Rob fica arisco.

"Obviamente ele ignora quem eu sou", Rob responde. "Acho que ele é violento na rua. Acho que ele está tentando se esquivar da responsabilidade".

"Isso é engraçado", retruca Luis. "Não fui eu quem foi pego na câmera ameaçando socar mulheres na cara".

Mostro a eles vídeos que os mostram protagonizando comportamentos agressivos - primeiro Rob, que ameaçou incendiar uma livraria comunista.

"Estava tão convencido em dizer que eu ia queimar a livraria deles", afirma. "Não é ilegal, é?"

Eu sugiro gentilmente que pode ser ilegal queimar uma livraria. Rob não se arrepende.

Agora é a vez de Luis. Ele aparece confrontando um manifestante de direita.

"Essa marcha se transformou em uma disputa pessoal entre eu e um jornalista de direita. Isso de forma alguma está certo", ele admite.

Rob parece momentaneamente impressionado.

"É preciso ser um grande homem para dizer algo assim", diz ele.

Como termina?

Parece um vislumbre de avanços. Mas, durante toda a conversa de mais de uma hora, há poucos pontos de concordância. (Você pode ver por si mesmo; colocamos a conversa no YouTube, em inglês - ela contém linguagem forte, violência e uso de drogas).

Conforme a conversa avança, ambos consomem maconha em diversos tipos. Mas o clima raramente muda.

Digo que ambos desconfiam da polícia e do sistema prisional americano. Ambos se descrevem como anarquistas. Mas Luis imediatamente rejeita a comparação.

Ele ressalta que, apesar do discurso dos Proud Boys indicarem às vezes coisas diferentes, muitos deles apoiam a aplicação da lei em geral e são pró-polícia.

"Você não pode dizer que é contrário ao encarceramento e ao mesmo tempo estar ao lado de pessoas que dizem que 'blue lives matter' (lema que defende a acusação e condenação de pessoas por ataques a policiais)".

"Acho que ainda podemos consertar a polícia", opina Rob. "Digo que, se você não pode consertar a polícia, então desfaça-se deles e pegue caras novos".

A maioria das pessoas em Portland diria a ambos para irem para o inferno, eu os lembro. Eles se importam?

"Absolutamente", diz Luis. "Mas a violência só vem de um lado."

Rob discorda, mas também diz que "não se importa" com o que as pessoas de Portland pensam.

Uma última pergunta: como tudo isso acaba?

Luis fala sobre o quadro geral e suas convicções políticas gerais: antirracismo, o desejo por uma política nacional de educação, pela assistência médica universal e por justiça para os nativos americanos. Quando se trata de Portland e dos Proud Boys, ele é conciso e claro.

"Os Proud Boys foram avisados. Queime seu (Fred) Perry (a marca das roupas usadas pelos conservadores). Faça um vídeo renunciando ao ódio e aos Proud Boys. Vá embora", diz ele. "É assim que termina."

Rob fica incrédulo.

"Você quer que a gente simplesmente vá penhasco abaixo?"

Como ele vê o conflito em Portland terminando?

Em uma palavra: "mal".

A tensão continua

Não há pontos de encontro. Pergunto-me se a discussão poderia ter deixado Rob e Luis ainda mais zangados um com o outro. Mas pelo menos ela acaba sem quaisquer objetos ou socos lançados.

Nós levamos Rob de volta para sua casa temporária. Ele promete esperar e ficar sóbrio antes de dirigir para o sul. Antes de nos despedirmos, ele começa a fazer uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Algumas dezenas de pessoas assistem.

Mais tarde, naquela noite, os antifascistas içam o cartaz com a caricatura de Trump sobre uma rodovia em um subúrbio próximo, estrategicamente posicionado para chamar a atenção dos viajantes matinais.

Deixei Portland no dia seguinte. Não demorou muito para que chegassem mais notícias da cidade. Um sindicato foi vandalizado; alguém havia rabiscado "ANTIFA HOUSE" ("CASA ANTIFA") ao lado.

Rob e Luis não estavam envolvidos, mas os ativistas saíram às ruas.

E novamente houve conflitos entre antifascistas e os Proud Boys.