Imprensa destaca agressividade de Romney e falta de paixão de Obama em debate
Os editoriais dos principais jornais dos Estados Unidos destacam nesta quinta-feira a agressividade demonstrada ontem à noite pelo candidato republicano Mitt Romney e o tom desmotivado do presidente Barack Obama no primeiro debate eleitoral.
"Onde estava escondido este Mitt Romney?", pergunta o "Wall Street Journal", mais próximo ao candidato republicano, em seu editorial intitulado "Romney domina o palco" após o debate de Denver.
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"Mitt Romney assumiu o desafio de parecer presidencial, mostrou um superior domínio dos fatos e dos argumentos de Obama, e realizou uma confiante e otimista convocação à mudança", acrescentou o jornal financeiro.
Por outro lado, o "Wall Street Journal" afirmou que o candidato democrata Barack Obama pareceu "fora de jogo em conjunto".
"Prolixo como costuma ser, mas com sua famosa compostura parecendo mais tímida que agradável", comentou.
Por sua vez, o "The New York Times", mais próximo a Obama, critica um debate que "rapidamente se afundou em um pouco iluminador recital de demoradas palavras de ordem e desonestidade". No entanto, reconhece a falta de firmeza do atual presidente.
"O aspecto competitivo de Obama mostrado em 2008 claramente se apagou, e perdeu repetidas oportunidades para desafiar Romney em suas falsidades e mudanças de opinião", ressaltou o jornal nova-iorquino em seu editorial "Um debate pouco útil".
"Mais que confrontar decididamente as ficções de Romney, Obama decidiu ser educado e didático, como se esperasse que um conjunto de detalhes pudessem fazer frente perante as descaradas tolices", detalhou.
Por último, o "Washington Post" toma menos partido e lamenta de maneira conjunta que "ambos candidatos tenham evitado as duras realidades" nos EUA.
"Ambos candidatos mantiveram de maneira estudada as evasivas e omissões no núcleo de suas políticas. O debate foi pouco firme, sem ser especialmente honesto", indicou o jornal da capital americana.
Para o "Washington Post", "o presidente Obama, que liderava ligeiramente as enquetes, pareceu mais um professor de política que um anotador de pontos. Romney, que necessitava mais do debate, falou com mais propriedade".