Governador geral da Austrália receberá na Holanda corpos de vítimas do MH17
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Sam Hodgson/Reuters
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"É importante para as famílias e para a nossa nação que nossa gente seja recebida por um de nós", disse em comunicado o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em referência ao representante da rainha Elizabeth II na Austrália.
Os corpos das vítimas do voo MH17 que caiu em uma região controlada por separatistas pró-Rússia serão transferidos para sua identificação e repatriação à Holanda, em um complicado processo que pode incluir exames de DNA dos familiares australianos das vítimas.
"Por sua própria natureza pode levar várias semanas antes que possamos honrar os mortos e devolvê-los a seus entes queridos. Mas os traremos para casa", garantiu o primeiro-ministro australiano.
Os primeiros féretros com os restos mortais serão enviados da cidade de Kharkiv, onde se encontra o enviado especial australiano, o militar aposentado Angus Houston, que já coordenou as operações de busca da outra aeronave da mesma companhia aérea que desapareceu no Oceano Índico.
Um avião australiano C17 e um holandês partirão dessa cidade ucraniana rumo à Holanda com os corpos das vítimas.
O governo australiano mobilizou mais de 100 funcionários na Ucrânia e na Holanda em uma operação organizada após o incidente, que reúne o maior número de vítimas australianas desde os atentados em Bali, na Indonésia, em 2002.
A Austrália também promoveu uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para permitir, sem restrições, o acesso ao local do incidente aos especialistas e a repatriação dos corpos, respeitando a dignidade das vítimas.