Itamaraty envia à Itália pedido de extradição de Pizzolato
O Ministério das Relações Exteriores enviou nesta quarta-feira à Itália o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão que fugiu do país para evitar sua prisão.
Fuga de Pizzolato do Brasil
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Pizzolato saiu do Brasil por Santa Catarina (1), atravessou a fronteira até Bernardo De Irigoyen, na Argentina (2); foi até Buenos Aires (3), de onde pegou um voo até Barcelona (4). A polícia ainda não sabe como ele entrou na Itália, mas ele foi preso em Maranello (5)
O documento foi encaminhado à embaixada brasileira em Roma e uma vez ali deverá ser apresentado perante o Ministério da Justiça italiano, momento no qual começará formalmente o processo de extradição, de acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato por sua participação no esquema de corrupção.
Em setembro do ano passado, cerca de dois meses antes que o Supremo Tribunal Federal ordenasse sua prisão, Pizzolato fugiu à Itália, país do qual também tem nacionalidade.
A Itália, em princípio, não extradita seus nacionais, mas um tratado sobre o assunto assinado entre os dois países em 1989 não descarta tal possibilidade.
Segundo a Procuradoria Geral da República, o tratado recíproco de extradição assinado por Brasil e Itália "não veda a extradição de italianos para o Brasil, uma vez que cria, tão somente, uma hipótese de recusa facultativa da entrega" se o cidadão for italiano.