Parlamento aprova nome do novo primeiro-ministro da Ucrânia

Em Kiev

  • Sergey Dolzhenko/EFE

     O novo primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, no Parlamento do país, em Kiev

    O novo primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, no Parlamento do país, em Kiev

A Rada Suprema (Parlamento) aprovou nesta quinta-feira (27) por maioria arrasadora a candidatura de Arseni Yatseniuk ao cargo de primeiro-ministro do Governo de União Nacional na Ucrânia, que se encarregará de dirigir este país até as eleições presidenciais do dia 25 de maio.

Yatseniuk, 39, um dos líderes dos protestos antigovernamentais que desembocaram em 22 de fevereiro na queda do presidente Viktor Yanukovich, recebeu o apoio de 371 deputados dos 417 presentes na câmara parlamentar.

Arseni Yatseniuk, dirigente formal do principal partido do país, Batkivschina (Pátria), é considerado um político experiente, apesar de sua idade, já que foi ministro das Relações Exteriores e chefe do Parlamento, e um dos mais estreitos colaboradores da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

Protestos são reprimidos com violência na Ucrânia
Protestos são reprimidos com violência na Ucrânia

O novo homem forte da Ucrânia apresentou um a um os membros do Executivo provisório, entre os quais figuram vários ativistas do Maidan, reduto dos manifestantes opositores desde o dia 21 de novembro.

Yatseniuk reconheceu que o país "está à beira do colapso político e econômico", defendeu sua integridade territorial e defendeu a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, cuja rejeição por Yanukovich gerou a crise no fim do ano passado.

"A Crimeia foi, é e será parte da Ucrânia", disse, em relação às manifestações dos últimos dias dos habitantes de fala russa nessa península ucraniana contra as novas autoridades em Kiev.

E assegurou perante as chamadas separatistas na Crimeia que a "Ucrânia utilizará todos os métodos legais e constitucionais para conservar a integridade territorial do Estado".

Além disso, pediu à Rússia a não apoiar nem os separatistas nem a Yanukovich e a outros altos funcionários contra as quais a Promotoria abriu um caso penal por assassinato em massa e ditou ordens de busca e captura internacional.

No âmbito econômico, denunciou que o antigo regime transferiu com destino a paraísos fiscais quase US$ 70 bilhões nos últimos três anos.

Contudo, Yatseniuk se disse convencido de que a situação financeira se estabilizará quando chegar o dinheiro do Fundo Monetário Internacional.

Além disso, entre outras, a Rada aprovou as candidaturas do ministro das Relações Exteriores, Andrei Deshitsia, e do titular da Defesa, o Almirante Igor Teniuj.

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