UE lamenta expulsão de embaixador alemão e pede a Maduro que reconsidere
A União Europeia (UE) lamentou hoje a expulsão do embaixador da Alemanha em Caracas, Daniel Kriener, solicitada pelo governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e pediu ao líder que "reconsidere" a decisão.
"Lamentamos o fato de o embaixador alemão na Venezuela ser pressionado para sair do país", indicou a porta-voz de Relações Exteriores da UE, Maja Kocinanjic, na entrevista coletiva diária da Comissão Europeia.
Segundo Maja, "apesar de um contexto político tenso e complexo, a UE esteve disposta a manter laços de comunicação com todas as partes na Venezuela, incluindo o governo de Maduro".
"Por essa perspectiva, a UE espera que esta decisão possa ser reconsiderada", enfatizou a porta-voz, que afirmou que o bloco "continua firmemente comprometido com uma solução pacífica e democrática para a atual crise na Venezuela".
O governo de Maduro deu ontem 48 horas a Kriener para sair da Venezuela diante dos "recorrentes atos de ingerência nos assuntos internos do país", segundo anunciou publicamente a Chancelaria venezuelana.
Maja também se referiu ao grupo de trabalho internacional impulsionado pela UE com países europeus e latino-americanos para apoiar as condições propícias para realizar novas eleições presidenciais na Venezuela.
Lembrou que a Alemanha é "um membro ativo" desse grupo, que deve realizar uma nova reunião ministerial este mês.
"O objetivo, intenção e determinação da UE não mudou", ressaltou a porta-voz, que explicou que o grupo continua com o seu trabalho e lembrou que enviou recentemente uma missão técnica de funcionários do alto escalão a Caracas para estabelecer contato com todas as partes.
"Dissemos claramente várias vezes que vamos continuar trabalhando por uma solução política e democrática para dar oportunidade ao povo da Venezuela de escolher o presidente pela via de novas eleições, que sejam democráticas e que tenham com todas as garantias necessárias", afirmou Maja.
Além disso, Maja disse que outra vertente desse grupo de trabalho está relacionada com "a assistência e a situação humanitária", aspectos nos quais também "continua o seu trabalho".
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