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Presidente da Ucrânia promete desenvolver novos sistemas de mísseis se for reeleito

Petro Poroshenko cumprimenta seus partidários em Kiev. As eleições presidenciais ucranianas estão previstas para o dia 31 de março - Sergei SUPINSKY / AFP
Petro Poroshenko cumprimenta seus partidários em Kiev. As eleições presidenciais ucranianas estão previstas para o dia 31 de março Imagem: Sergei SUPINSKY / AFP

17/03/2019 11h34

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, prometeu neste domingo que desenvolverá novos sistemas de mísseis para as Forças Armadas do país caso seja reeleito no pleito marcado para o dia 31.

"Começarei o próximo mandato com o desenvolvimento de um novo programa de mísseis", disse o governante em um grande comício organizado na praça Mikhailovskaya, em Kiev.

No último dia 11, Poroshenko propôs à indústria militar do país a tarefa de criar sistemas de mísseis de alta precisão e maior alcance, capazes de "dar resposta à agressão e impactar alvos na retaguarda profunda do inimigo", em alusão à Rússia.

Poroshenko ressaltou que a sua vitória nas eleições obrigará a Rússia a aceitar o lugar das forças de paz da ONU na região do conflito no leste do país, como propôs o governo ucraniano.

"Quando (o presidente russo Vladimir) Putin perceber que os ucranianos votaram contra aqueles que se ajoelham, contra a rendição, será obrigado a aceitar a postura da Ucrânia sobre os 'boinas azuis' da ONU em Donbass e outras propostas nossas", disse.

O presidente ucraniano insistiu que a única garantia de segurança e independência para a Ucrânia e os seus cidadãos é a entrada do país na União Europeia e, especialmente, na Otan.

"Com um vizinho como a Rússia, é possível dormir tranquilo, sem uma escopeta carregada sob a cama, apenas com a defesa coletiva da Aliança Atlântica", ressaltou.

A duas semanas do pleito, o líder nas pesquisas é o ator Vladimir Zelenski, com 20,3% das intenções de voto, seguido por Porosheko e pela ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, praticamente empatados no segundo lugar com pouco mais de 16%.

Ao todo, 39 candidatos concorrem à presidência da Ucrânia. Caso nenhum deles obtenha a maioria absoluta no dia 31 de março, os dois mais votados disputarão um segundo turno três semanas depois. EFE