Reis da Holanda condenam ato "de violência inaceitável" em Utrecht

O rei Willem-Alexander e a rainha Máxima da Holanda condenaram como "atos de violência completamente inaceitável" o tiroteio que aconteceu nesta segunda-feira na cidade de Utrecht e que, segundo os últimos dados divulgados pela polícia, deixou pelo menos três mortos e cinco feridos.

"Vamos permanecer unidos por uma sociedade na qual as pessoas possam sentir-se seguras e na qual prevaleçam a liberdade e a tolerância", destacaram os monarcas.

Em comunicado, os reis lamentaram o ocorrido, asseguraram estar "profundamente tristes" e enviaram seus pêsames aos familiares das três vítimas mortais.

A polícia e uma unidade antiterrorista estão investigando o tiroteio da manhã desta segunda-feira no oeste da cidade de Utrecht, embora ainda não tenham confirmado os motivos do atirador que disparou contra os viajantes de um bonde elétrico antes de fugir.

Segundo disseram as testemunhas à polícia, o autor do tiroteio "parecia ter fixação com uma pessoa" que viajava no bonde com ele e "ficou nervoso com as pessoas que tentaram ajudar essa mulher", atingida pelos disparos.

Depois do ataque, o atirador escapou em um carro Renault Clio de cor vermelha, que foi localizado com o motor ligado várias horas mais tarde na rua Tichelaarslaan, a quatro quilômetros do local do tiroteio.

A polícia holandesa anunciou então a busca por Gökman Tanis, de 37 anos e nascido na Turquia, por sua possível relação com o ataque.

Fontes judiciais detalharam à emissora de televisão holandesa "NOS" que o suspeito, que nasceu na Turquia em 2 de julho de 1981, tem antecedentes criminais, compareceu a tribunais em várias ocasiões nos últimos anos e acumula sentenças por disparos com uma arma de fogo e tentativa de homicídio sem premeditação em 2013.

Além disso, tem antecedentes por outros crimes, que incluem insultos, assédio sexual e humilhação a uma mulher, ameaças e ataques à autoridade, dirigir sob influência do álcool e roubo de bicicletas.