Colômbia oferece recompensa de R$ 680 mil para achar responsáveis por atentado
O governo da Colômbia ofereceu uma recompensa de 500 milhões de pesos (cerca de R$ 680 mil) para encontrar os responsáveis pelo ataque terrorista com um carro-bomba que aconteceu ontem e deixou 36 feridos em uma brigada militar na cidade de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela.
"Uma recompensa de 500 milhões de pesos foi colocada para encontrar os autores materiais e intelectuais deste ato", declarou o presidente do país vizinho, Iván Duque, que ontem à noite visitou a sede da 30ª Brigada do Exército, onde houve o atentado.
Segundo o ministro da Defesa, Diego Molano, uma van branca carregada com bombas entrou nas instalações militares com dois homens que supostamente se fizeram passar por funcionários públicos, e pouco depois de duas explosões ocorreram.
Entretanto, o procurador-geral, Francisco Barbosa, informou hoje que apenas uma pessoa entrou no veículo e permaneceu estacionada por pouco mais de duas horas na brigada até ocorrer a primeira explosão.
"Uma vez que esta pessoa entrou, estacionou o veículo em um lugar e o manteve até as 14h45 (local, 16h45 de Brasília). Repito, das 12h35 às 14h45 a van ficou estacionada. Posteriormente, esse sujeito deixa o quartel-general militar e às 15h01 ocorre a primeira explosão após o veículo ser movido", afirmou Barbosa em entrevista coletiva.
Um pequeno grupo de militares dos Estados Unidos estava na unidade que foi atacada, mas não foi atingido, segundo a embaixada americana. Sobre isso, Duque também anunciou a criação de um grupo especial de criminalística com o apoio do FBI, que será responsável pela investigação.
Hipóteses sobre o ataque
Segundo o Ministério da Defesa, a primeira hipótese sobre o ataque aponta para os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), embora também esteja sendo investigado se dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão envolvidos.
No departamento de Norte de Santander, cuja capital é Cúcuta, há uma forte presença do ELN, de dissidentes das FARC e de outros grupos criminosos que lutam pelo controle das plantações de coca e das rotas do tráfico de drogas.
"No departamento e na cidade de Cúcuta vamos duplicar os pontos de controle de vigilância, também de busca e monitoramento", prometeu Duque ao falar sobre as medidas para reforçar a segurança na região.
As explosões, que podiam ser vistas de bairros vizinhos, afetaram especialmente uma área de escritórios que, segundo alguns oficiais militares, estavam vazias. Parte do pessoal da brigada, que compõe a Segunda Divisão do Exército, está sob quarentena por causa da pandemia do coronavírus.
A forma como o ataque foi realizado é semelhante ao atentado cometido em 17 de janeiro de 2019 pelo ELN, que explodiu um carro-bomba na Escola de Cadetes de Polícia General Santander em Bogotá. A explosão deixou 22 cadetes foram mortos, incluindo uma mulher equatoriana, e outros 67 foram feridos.
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