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Maduro parabeniza presidente da Nicarágua por reeleição sem oposição: 'Grande vitória'

6.dez.2020 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concede entrevista coletiva à imprensa ao lado da esposa, Cilia Flores, para falar sobre as eleições parlamentares no país - Yuri Cortez/AFP
6.dez.2020 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concede entrevista coletiva à imprensa ao lado da esposa, Cilia Flores, para falar sobre as eleições parlamentares no país Imagem: Yuri Cortez/AFP

Da EFE

09/11/2021 00h31Atualizada em 09/11/2021 07h26

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, parabenizou ontem Daniel Ortega pela "grande vitória" nas eleições presidenciais de domingo na Nicarágua, que não foram reconhecidas pela comunidade internacional, e exigiu dela respeito pelo país centro-americano.

"Tive uma boa conversa há alguns minutos com o presidente (...) reeleito da Nicarágua, Daniel Ortega Saavedra. Grande vitória, impressionante vitória para (...) Ortega, para a vice-presidente, Rosario Murillo. Falamos por cerca de 15 minutos, eu pessoalmente transmiti a admiração do povo venezuelano pela Nicarágua", disse Maduro em um evento de seu partido que foi transmitido em redes sociais.

O governante criticou o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, que disse que o que aconteceu no domingo na Nicarágua "não pode ser chamado de eleições", descrevendo-as como "uma zombaria" ao povo, à União Europeia (UE), à comunidade internacional e à democracia.

Albares também exigiu a libertação de figuras da oposição e jornalistas detidos no país centro-americano.

Maduro classificou as declarações como "colonialistas" e exigiu que "a Nicarágua seja respeitada", assim como a América Latina.

Ele alegou que um suposto "lobby do Departamento de Estado dos Estados Unidos está em andamento contra a Nicarágua" e tentando fazer com que os governos do mundo "falem contra o povo da Nicarágua", porque, em sua opinião, "falar contra as eleições nicaraguenses é falar contra o povo da Nicarágua".

"A vontade política e soberana do povo nicaraguense, que saiu em massa para votar, deve ser respeitada", declarou.

Ortega foi reeleito no domingo para seu quinto mandato de cinco anos e quarto consecutivo.

Alemanha, Colômbia, Costa Rica, Chile, Espanha, Estados Unidos, Panamá, Reino Unido, União Europeia (UE) e Uruguai foram os primeiros a desconsiderar as eleições nicaraguenses por falta de garantias após as prisões de sete pré-candidatos presidenciais da oposição antes do pleito.

Por outro lado, países aliados da Nicarágua, como Bolívia, Cuba, Irã, Rússia e Venezuela, parabenizaram Ortega por sua "legítima" reeleição.