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Porta-voz da Rússia diz que tropas não conseguem voltar às bases em um dia

Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, disse que processo de saída "já começou" - Shamil Zhumatov
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, disse que processo de saída "já começou" Imagem: Shamil Zhumatov

EFE, Moscou*

17/02/2022 14h38Atualizada em 17/02/2022 15h09

O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, garantiu hoje que o retorno das tropas que participaram nos exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia às bases permanentes não acontecerão em apenas um dia, e negou que novos efetivos foram deslocados para a região.

"Esse processo já começou. Vimos informações e imagens do retorno das tropas oferecidas pelo Ministério da Defesa", garantiu Peskov, em entrevista coletiva diária.

O porta-voz do Kremlin lembrou que o titular da pasta, Serguei Choigu, informou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que os exercícios estão chegando ao fim e que, com a conclusão, os militares retornarão para as bases atuais.

Peskov indicou que se trata de um processo que leva tempo, assim como a preparação e o agrupamento de tropas para as manobras "levou semanas e é impossível retirá-las das bases permanentes em um dia".

O porta-voz indicou que o Ministério da Defesa tem um cronograma preciso do entorno das unidades aos locais de alocação habitual, tanto a partir da península da Crimeia, como de outros polígonos.

"Estes dados são dados, continuamente, pelos canais de nossos colegas militares", completou Peskov.

O representante do Kremlin classificou como "infundadas" as denúncias americanas de que a Rússia está enviando novas tropas para as imediações da Ucrânia.

Biden gera tensão com falas sobre invasão, diz Kremlin

O Kremlin acusou hoje o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de causar tensão ao dizer que esperava uma invasão da Rússia à Ucrânia dentro de dias, informou a agência de notícias russa RIA.

Peskov fez a declaração em resposta ao comentário de Biden de que provavelmente uma invasão russa seria "nos próximos dias", segundo a agência.

A Rússia concentrou uma quantidade enorme de tropas perto das fronteiras da Ucrânia, mas continua afirmando que são as ações e declarações ocidentais que estão alimentando a crise.

* Com informações da Reuters