EUA e China decidem manter diálogo aberto após conversa sobre a Ucrânia
Os representantes dos governos dos Estados Unidos e da China reunidos nesta segunda-feira em Roma para, entre outras coisas, abordar a guerra na Ucrânia destacaram a importância de manter "as linhas de comunicação abertas" entre as duas potências.
A reunião, realizada por mais de oito horas a portas fechadas em um hotel na capital italiana, serviu para revisar as relações bilaterais, mas também para abordar a guerra na Ucrânia após a invasão da Rússia em 24 de fevereiro.
Após "discussão substancial" sobre o conflito na Ucrânia e outras questões bilaterais, as partes "também enfatizaram a importância de manter as linhas de comunicação abertas" entre Washington e Pequim, segundo informaram fontes da Casa Branca.
As duas potências também revisaram o conteúdo da cúpula virtual realizada no último dia 15 de novembro pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Da reunião de alto nível desta segunda-feira em Roma participaram o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores da China, Yang Jiechi.
O encontro foi realizado após surgir a suspeita de que o governo de Vladimir Putin conseguiu solicitar apoio militar a Pequim, segundo alguns funcionários americanos citados pela mídia do país.
O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, negou que a Rússia tenha pedido ajuda, assim como a embaixada chinesa em Roma, que acusou os Estados Unidos de "espalhar informações falsas" sobre a questão ucraniana.
"A posição da China sobre a questão ucraniana é consistente e clara. Sempre desempenhamos um papel construtivo no apoio à paz e na promoção de negociações", postou a embaixada no Twitter.
"O dever mais importante neste momento é exercer contenção e reduzir as tensões, em vez de adicionar combustível ao fogo, para promover uma solução diplomática", acrescentou. EFE
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