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Médico, ex-Rouge e miss: BBB 23 tem nº recorde de participantes negros

Fred Nicácio é um dos membros do cinco fabulosos do "Queer Eye Brasil" -
Fred Nicácio é um dos membros do cinco fabulosos do 'Queer Eye Brasil'

Do Núcleo de Diversidade

17/01/2023 11h00

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Pela primeira vez na história do programa, metade dos participantes do Big Brother Brasil, que começou ontem (16), são negros.

Os onze brothers e sisters negros do BBB 23 são:

  • Aline Wirley: cantora e ex-Rouge;
  • Fred Nicácio: médico, apresentador do "Queer Eye Brasil" e palestrante sobre saúde e racismo;
  • Gabriel Santana: ator desde os 10 anos com passagem por "Malhação" e "Pantanal";
  • Marvvila: cantora chamada de "A Pagodeira", título de sua música de mais sucesso;
  • Tina: modelo e analista de marketing, eleita Miss Benguela em 2012;
  • Bruno: atendente de farmácia em Alagoas, apelidou a própria mãe de "Anitta";
  • Sarah Aline: psicóloga e analista de diversidade, nasceu em um lar de missionários e adora uma fofoca;
  • Cezar: enfermeiro, já tentou entrar no "Casamento às Cegas" e tem tatuagem com a frase "ai preto", da funkeira Bianca;
  • Ricardo: biomédico, atende moradores da periferia e é atleta de handball e futebol;
  • Domitila: modelo e ativista social, foi a primeira negra a vencer o Miss Alemanha;
  • Paula: biomédica, terminou o namoro de seis anos e quer curtir a solteirice.

Até agora, o BBB 21 era a edição com recorde de pessoas negras: nove das 22, incluindo nomes como Karol Conká, Lucas Penteado e Projota. As questões raciais têm sido levantadas no BBB com mais intensidade desde as participações de Babu Santana e Thelma Assis, em 2020. Para a versão deste ano, Babu diz que espera que a pauta siga sendo debatida, mas de forma espontânea. No podcast O Black People, o médico Fred Nicácio já disse a que veio:

Por quantos médicos pretos você já foi atendido na vida? O cenário da medicina é muito elitizado e embranquecido. Quando eu me formei na medicina e comecei a atuar no SUS, eu via a cara de esperança das pessoas [negras] quando elas me viam."

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FEZ HISTÓRIA... Há 94 anos, nascia Martin Luther King Jr., ativista político mais importante da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA. Reconhecido pela oratória, ele é autor do discurso "Eu tenho um sonho", um dos mais icônicos da história. Ecoa conta como a atuação do Nobel da Paz influenciou na luta racial do Brasil.

FEZ HISTÓRIA II... Há 185 anos, nascia o intelectual André Rebouças, em Cachoeira (BA). Além de lutar pela abolição, Rebouças defendeu a inclusão social por meio a distribuição de terras para negros. Ecoa conta como ele se destacou dos intelectuais da época por falar em reforma agrária e outras formas de reparação.

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TRABALHO DIGNO... Aline Souza, a catadora que passou a faixa presidencial para Lula, tem ideias que renderiam políticas públicas, como abatimento nas contas para quem separar o lixo e a instalação de lixeiras inteligentes em vias públicas. Ela conta a Ecoa que hoje se dedica a lutar pela qualidade de trabalho e dignidade de quem trabalha como catador.

MENSTRUAÇÃO SEM TABU... Se menstruação e maconha são dois grandes tabus, Poliana Rodrigues juntou os dois na primeira calcinha menstrual feita com fibra de cânhamo. Entre as vantagens sobre o algodão, o tecido tem ação antibactericida e seca mais rápido. Com o negócio, ela virou a primeira "hempreendedora" negra no Brasil a receber investimento.

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RELIGIÃO E FUNK... Sheron Menezes é a nova protagonista da novela das 19h da TV Globo. Em "Vai na Fé", ela vive uma personagem evangélica que vira dançarina de funk para sustentar a família. Splash conta como a novela une religião e música.

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DANDO A LETRA

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Imagem: UOL

Se realmente querem se integrar à vida democrática, as Forças Armadas precisam expurgar o golpismo de suas colunas. A depuração deve ser feita com serenidade, mas também com rigor. Essa é a hora da limpeza"
Chico Alves, colunista do UOL

Em Notícias, Chico Alves avalia que os bolsonaristas contaram com o apoio de militares da reserva, da ativa e seus familiares para o ato antidemocrático de 8 de janeiro.

Em Splash, Aline Ramos conta que a jogadora de vôlei Key Alves, confirmada para o BBB 23, é uma fofoqueira de mão cheia. Ela já chegou a expor celebridades.

Em VivaBem, Elânia Francisca explica o que é a neurodiversidade e como ela impacta as questões afetivas e sexuais, sobretudo na adolescência.

A proposta é promover a atualização das regulamentações que regem o setor de transporte de passageiros, sobretudo o transporte público coletivo por ônibus, abordando temas como: tarifa, financiamento, modelo de negócio, planejamento do sistema, desenvolvimento urbano e governança interfederativa."
Kelly Fernandes, colunista do UOL

Em Carros, Kelly Fernandes conta que o Marco Legal do Transporte Público Coletivo, um projeto de lei proposto pelo Poder Executivo, está para avançar.

Em Notícias, Jeferson Tenório reflete sobre como a política tem entrado na casa dos brasileiros causando intriga entre familiares desde 2018, com o avanço da extrema-direita.

Também em Notícias, André Santana celebra a diversidade durante a cerimônia de posse do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério da Igualdade Racial.

PEGA A VISÃO

ras - UOL / Daniela Toviansky - UOL / Daniela Toviansky
As empresárias Taynara Alves (à esq.) e Caroline Pinto são as sócias do salão Ras, especializado em tranças em São Paulo
Imagem: UOL / Daniela Toviansky

Sempre gostei dos meus fios, mas cedi por questões sociais. Lembro muito da minha tia trançando meu cabelo com kanekalon, nos anos 1990, quando ainda era criança. Só que entrei na pré-adolescência e fiquei ainda mais tímida do que já era antes. Meus cabelos crespos ou trançados chamavam muita atenção."
Taynara Alves, sócia do salão Ras

Como acontece com diversas mulheres negras, Taynara Alves, de 32 anos, começou a alisar o cabelo quando era criança para ser aceita na escola. Hoje, ela é uma das sócias do Ras, um salão de luxo em São Paulo especializado em trançar cabelos. Universa conta essa história em uma reportagem especial da repórter Rute Pina.

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SELO PLURAL

é nóis - Pedro Paulo Xerente - Pedro Paulo Xerente
Com o desmatamento ilegal na Terra Indígena, os restos de madeira servem como combustível que, com frequência, geram incêndios.
Imagem: Pedro Paulo Xerente

Brigadistas indígenas e não-indígenas trabalham para evitar queimadas nos estados do Maranhão e do Tocantins. Capacitados pelo IBAMA, eles são orientados sobre os impactos ambientais das queimadas e aprendem a combater o fogo, conta a reportagem do programa Jornalismo e Território, da Énois Laboratório de Jornalismo.