Equipe econômica de Bolsonaro na transição terá 12 nomes
A equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na transição contará com 12 nomes, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta quarta-feira, confirmando como parte do time nomes como dos economistas Adolfo Sachsida, Marcos Cintra e dos irmãos Abraham e Arthur Weintraub.
Os quatro já vinham colaborando há tempos com a área econômica da campanha, capitaneada por Paulo Guedes, que ficará à frente do superministério da Economia, que abarcará as pastas da Fazenda, do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Também fazem parte da equipe Hussein Kalout, atual secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência; Carlos da Costa, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Waldery Rodrigues Junior, coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda; e Roberto Castello Branco, diretor na Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio -- este último conhecido como um dos grandes incentivadores da atuação de Guedes no mercado financeiro.
Os nomes foram informados pelo G1 mais cedo nesta quarta-feira e confirmados à Reuters pela fonte, que falou em condição de anonimato.
Áreas
Pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e com doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), Sachsida se aproximou de Bolsonaro antes mesmo de Guedes, sendo um dos responsáveis por organizar o time de colaboradores para o projeto econômico do capitão da reserva.
Cintra, que tem PhD em Economia em Harvard, tem trabalhado junto a Guedes na estruturação de uma ampla reforma tributária. Há décadas, ele defende a substituição de tributos de natureza declaratória por apenas um, que recaia sobre movimentações financeiras, nos moldes da CPMF.
Já os irmãos Weintraub colaboram no plano de uma reforma da Previdência. O programa de Bolsonaro prevê a introdução gradual de um novo modelo de Previdência, de capitalização, com concomitante reforma do regime atual, de repartição. A ideia é que seja ofertada aos novos entrantes a escolha por um ou outro, sendo que os que aderirem à capitalização contribuirão para suas contas individuais e serão beneficiados com redução dos encargos trabalhistas.
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