Pré-candidatos se voltam contra favorito Joe Biden no 2º dia de debate democrata
Joe Biden, o favorito da corrida presidencial democrata dos Estados Unidos, enfrentou fogo cerrado ao tratar de saúde, imigração e reforma do sistema de justiça criminal, mas reagiu aos diversos rivais ansiosos para derrubá-lo durante um debate acalorado na noite de ontem.
Na segunda noite consecutiva de debates entre democratas que disputam a chance de desafiar o presidente republicano Donald Trump na eleição de novembro de 2020, o ex-vice-presidente foi preparado para o combate depois de enfrentar críticas ao seu desempenho às vezes titubeante no primeiro debate, ocorrido em Miami no mês passado.
Adotando um tom mais áspero e agressivo, ele enfrentou a adversária Kamala Harris no tema da saúde, assumindo uma luta crescente que divide o Partido Democrata e dominou o primeiro encontro de pré-candidatos em Detroit, na terça-feira.
Ele ridicularizou a senadora quando esta afirmou que seu plano de saúde recém-divulgado não exigiria um aumento de impostos da classe média ou a eliminação de planos de seguradoras particulares.
"Você não consegue derrotar o presidente Trump com evasivas sobre este plano", disse Biden a Kamala. "O plano, não importa como você o apresente, custa 3 trilhões de dólares. Ele exigirá que os impostos da classe média subam, não que desçam. Em terceiro lugar, eliminará os planos oferecidos pelos empregadores".
Kamala refutou a descrição "simplesmente imprecisa" e atacou a proposta de Biden de aprofundar a lei de saúde do ex-presidente Barack Obama, conhecida popularmente como Obamacare, e incluir uma opção oferecida pelo governo, dizendo que ela deixaria milhões sem plano de saúde.
"Em 2019, na América, um democrata concorrer a presidente com um plano que não cobre todos, acho que é indesculpável", disse Kamala.
Biden classificou as críticas à sua proposta de "um monte de besteiras".
Os democratas fizeram dos planos de saúde acessíveis um de seus pilares, enquanto o governo Trump se empenha em desmantelar o Obamacare.
Biden também discutiu com o senador Cory Booker, que voltou a criticar o trabalho deste como senador no projeto de lei criminal de 1994, que críticos dizem ter levado ao aprisionamento desproporcional de homens afro-norte-americanos.
"Neste exato momento, existem pessoas em prisão perpétua por crimes de drogas porque você fez pé firme e usou aquela retórica falsa de 'duro com o crime' que elegeu tanta gente", disse Booker a Biden.
Reagindo, Biden atacou o período de Booker como prefeito de Newark, em Nova Jersey, cujo departamento de polícia foi envolvido em uma investigação federal de direitos civis.
Em uma discussão com Julian Castro, ex-secretário da Habitação de Obama, Biden criticou seu plano de descriminalizar as travessias de fronteira ilegais, que qualificou como "um crime".
Castro, ex-prefeito de San Antonio, respondeu: "Parece que um de nós aprendeu com as lições do passado, e um de nós não".
(Reportagem adicional de Ginger Gibson e Doina Chiacu em Washington)
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