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Bolsonaro pede para que população use verde e amarelo nas comemorações da Independência

O presidente Jair Bolsonaro - Antonio Cruz - 2.set.2019/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro Imagem: Antonio Cruz - 2.set.2019/Agência Brasil

Lisandra Paraguassu

Em Brasília

03/09/2019 17h20

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo nesta terça-feira para que a população use verde e amarelo ao comparecer a cerimônias de celebração da Independência do Brasil, ao mesmo tempo que fez nova defesa enfática da soberania brasileira sobre a Amazônia.

"A gente apela a quem estiver nos ouvindo que compareça de verde e amarelo", disse Bolsonaro durante cerimônia de lançamento da campanha Semana do Brasil, no Palácio do Planalto.

"Eu lembro que há alguns anos um presidente falou isso e se deu mal, mas não é o nosso caso", acrescentou, lembrando, sem citar o ex-presidente Fernando Collor de Mello. "Não é para me defender ou defender quem quer que seja, é para mostrar para o mundo que aqui é o Brasil, que a Amazônia é nossa."

Em 1992, em meio a fortes denúncias de corrupção contra ele, o então presidente Collor fez um apelo para que a população usasse pelo menos uma peça de roupa com as cores da bandeira num domingo para demonstrar apoio a ele. O resultado foi bem diferente do pretendido por Collor, com muitas pessoas saindo às ruas de preto em protesto contra o presidente.

Bolsonaro aproveitou seu discurso na cerimônia para ressaltar o patriotismo e afirmar que o país vai dar a volta por cima nas dificuldades econômicas e entrar para o chamado Primeiro Mundo.

A campanha Semana do Brasil --entre os dias 6 e 15 deste mês-- pretende, segundo o governo "incentivar o sentimento de patriotismo da população e criar, no mês de setembro, um momento especial para os consumidores, estimulando a economia do país".

A Secretaria de Comunicação informa que, até o momento, 4.680 empresas e entidades se mobilizaram para participar da campanha com descontos, promoções e benefícios aos consumidores.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu; Edição de Alexandre Caverni e Eduardo Simões)