Topo

Esse conteúdo é antigo

Ativista Greta Thunberg exige reação 'emergencial' a mudanças climáticas

Ativista Greta Thunberg discursa diante de comitê do Parlamento Europeu em Bruxelas - Yves Herman
Ativista Greta Thunberg discursa diante de comitê do Parlamento Europeu em Bruxelas Imagem: Yves Herman

Matthew Green

Da Reuters, em Londres

16/07/2020 10h12

A ativista sueca Greta Thunberg fez um apelo a líderes europeus hoje para adotarem ações emergenciais contra a mudança climática, dizendo que as pessoas no poder praticamente "desistiram" da possibilidade de proporcionar um futuro decente para as próximas gerações.

Em uma carta aberta também assinada por vários milhares de pessoas, incluindo cientistas climáticos, economistas, atores e ativistas, a jovem de 17 anos pediu aos países que comecem a tratar a mudança climática e o colapso ecológico "como uma emergência".

A carta foi divulgada antes de uma cúpula do Conselho Europeu de amanhã, na qual nações da União Europeia de 27 membros tentarão acertar o próximo orçamento do bloco e um pacote de recuperação para reagir ao choque econômico da pandemia de coronavírus.

As reivindicações da carta incluem uma suspensão imediata de todos os investimentos na exploração e na extração dos combustíveis fósseis, paralelamente ao fim rápido dos subsídios concedidos a eles.

Ela também pediu "orçamentos de carbono" anuais obrigatórios para limitar a quantidade de gases de efeito estufa que os países podem emitir para maximizar as chances de cumprir um teto de 1,5 grau Celsius na elevação das temperaturas globais médias, uma meta entronizada no acordo climático de Paris de 2015.

"Entendemos e sabemos muito bem que o mundo é complicado e que o que pedimos pode não ser fácil. As mudanças necessárias para salvaguardar a humanidade podem não parecer muito realistas", disse a carta.

"Mas é anda menos realista acreditar que nossa sociedade conseguiria sobreviver ao aquecimento global para o qual rumamos, além de outras consequências ecológicas desastrosas do andar da carruagem atual."

A carta pediu políticas climáticas concebidas para proteger os trabalhadores e os mais vulneráveis e reduzir as desigualdades econômicas, raciais e de gênero, além de medidas para "salvaguardar e proteger" a democracia.