China mantém opção de não criticar Rússia: 'Preocupações legítimas'
A China manteve hoje a posição de se recusar a chamar a ação da Rússia na Ucrânia de "invasão" ou criticar Moscou, apesar da intensificação dos ataques militares russos no país do Leste Europeu, que estão causando um número crescente de baixas.
A China reiterou que acredita no respeito à integridade territorial de todos os países, mas disse que vê a questão da Ucrânia como tendo um próprio contexto histórico complexo e especial.
"Entendemos as preocupações legítimas da Rússia em questões de segurança", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, a repórteres em entrevista.
Wang também revidou o comentário do presidente dos EUA, Joe Biden, de que qualquer país que apoiasse a invasão da Rússia seria "manchado por associação", dizendo que são os países que interferem nos assuntos internos de outros que veriam as próprias reputações manchadas.
Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Canadá, Austrália e União Europeia anunciaram mais sanções a Moscou, além de penalidades no início desta semana, incluindo uma medida da Alemanha de suspender um gasoduto de US$ 11 bilhões da Rússia.
Questionado se a China está preparada para aumentar as compras de petróleo russo em resposta às sanções dos EUA e da UE, Wang disse que "as sanções nunca foram uma maneira eficaz de resolver problemas".
"Esperamos que as partes relevantes possam trabalhar duro para resolver o problema por meio do diálogo e consulta", declarou.
Ligação
O presidente chinês, Xi Jinping, disse ao presidente russo, Vladmir Putin, que a China apoia a Rússia nos esforços para resolver a crise na Ucrânia através do diálogo. As informações são da televisão estatal chinesa CCTV.
Os líderes falaram por telefone hoje, segundo a emissora, que afirmou que Putin disse a Xi que a Rússia está disposta a manter conversações de alto nível com a Ucrânia.
"Os Estados Unidos e a Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) há muito tempo ignoram as preocupações razoáveis da Rússia com a segurança", disse Putin a Xi, segundo a CCTV.
"Repetidamente (os EUA e a Otan) renegaram seus compromissos e continuaram a avançar com o envio de militares para o leste, desafiando os resultados estratégicos da Rússia", completou, ainda de acordo com a emissora.
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