Tensões em Taiwan podem levar a 'confrontos sérios', diz bloco de países asiáticos
A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) alertou nesta quinta-feira sobre o risco de que a volatilidade causada pelas tensões no Estreito de Taiwan possa levar a "erros de cálculo, confrontos sérios, conflitos abertos e consequências imprevisíveis entre grandes potências".
O bloco regional está organizando um encontro no Camboja envolvendo ministros das Relações Exteriores de 27 países, uma reunião ofuscada pelos acontecimentos em torno de Taiwan após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, nesta semana.
"A Asean está pronta para desempenhar um papel construtivo na facilitação do diálogo pacífico entre todas as partes", disse o bloco em comunicado, pedindo moderação máxima e que todos os lados se abstenham de provocações.
A viagem de Pelosi, a visita de uma autoridade de mais alto nível dos EUA à autogovernada Taiwan em 25 anos, provocou indignação na China, que respondeu com uma série de exercícios militares e outras atividades na área.
Os países do sudeste asiático tendem a seguir uma linha cuidadosa para equilibrar as relações com a China e os Estados Unidos, cautelosos em não irritar qualquer uma das grandes potências.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que também está no Camboja, chamou a visita de Pelosi de "maníaca, irresponsável e altamente irracional", informou a CCTV chinesa.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no discurso de abertura de uma reunião com colegas da Asean, disse reconhecer que a questão de Taiwan estava na mente de todos e enfatizou que a posição de Washington não mudou.
"Os Estados Unidos continuam a ter um interesse permanente na paz e estabilidade em todo o Estreito de Taiwan", declarou.
"Nós nos opomos a qualquer esforço unilateral para mudar o status quo, especialmente pela força... E quero enfatizar que nada mudou em nossa posição."
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