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Israel volta a atacar Cidade de Gaza; EUA planejam resposta após morte de militares

GAZA/DOHA/WASHINGTON (Reuters) - Por Ibraheem Abu Mustafa, Nidal al-Mughrabi e Phil Stewart

GAZA/DOHA/WASHINGTON, 29 Jan (Reuters) - Israel lançou um ataque durante a noite contra a principal cidade do norte de Gaza, semanas depois de se retirar de lá, disseram moradores, enquanto Washington prometeu responder ao primeiro ataque mortal contra suas forças no Oriente Médio desde o início da guerra de Gaza.

Três militares dos Estados Unidos foram mortos e pelo menos 34 ficaram feridos em um ataque de drone por militantes apoiados pelo Irã no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria, afirmou o Comando Central dos EUA no domingo, uma escalada na violência que irrompeu além de Gaza.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os ataques foram realizados por grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque. O Irã negou qualquer participação, mas as primeiras mortes no que foram dezenas de ataques contra as forças dos EUA no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e Hamas provocaram apelos de políticos norte-americanos para uma resposta direta.

Biden ordenou ataques retaliatórios contra grupos apoiados pelo Irã, mas não ao Irã diretamente por medo de desencadear uma guerra mais ampla em meio à violência que já prejudicou o comércio mundial por meio de ataques a navios no Mar Vermelho.

"Não tenham dúvidas de que responsabilizaremos todos os culpados no momento e da maneira que escolhermos", afirmou ele no domingo.

Os houthis do Iêmen, alinhados com o Irã, que estão por trás dos ataques regulares à navegação na região, disseram na segunda-feira que dispararam um foguete contra o navio de guerra norte-americano Lewis B. Puller no Golfo de Áden no domingo. Não houve resposta imediata de Washington.

Na Faixa de Gaza, moradores disseram que ataques aéreos em bairros da Cidade de Gaza mataram e feriram muitas pessoas. Enquanto os tanques bombardeavam as áreas orientais da cidade, os barcos da Marinha disparavam projéteis e balas de canhão nas áreas à beira-mar no oeste, segundo eles.

Israel disse no final do ano passado que havia concluído em grande parte as operações no norte de Gaza. A nova ofensiva na Cidade de Gaza, onde os moradores relataram ferozes tiroteios perto do principal hospital Al-Shifa, indicou que a guerra não estava ocorrendo conforme o planejado.

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Entre os mortos estavam dois jornalistas palestinos, Essam El-lulu e Hussein Attalah, além de vários membros de suas famílias, segundo autoridades de saúde e o sindicato de jornalistas.

Os habitantes de Gaza disseram que o recrudescimento da violência ridiculariza uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que pede a Israel que faça mais para ajudar os civis. Autoridades de saúde dizem que 26.637 palestinos foram mortos no conflito, com milhares de outros corpos provavelmente sob os escombros de edifícios destruídos em todo o território costeiro.

"A guerra continua de uma maneira mais suja", disse Mustafa Ibrahim, morador da Cidade de Gaza e ativista palestino de direitos humanos, agora deslocado com sua família em Rafah, perto da fronteira sul com o Egito, junto com mais de um milhão de outros habitantes de Gaza.

Israel, que culpa o Hamas pelas mortes de civis, ordenou novas retiradas das áreas mais populosas da Cidade de Gaza, mas as pessoas disseram que os apagões nas comunicações fizeram com que muitos não conseguissem sair.

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