Conteúdo publicado há 1 mês

Trump faz primeiro comício após Biden desistir e escolhe estado-chave

Por James Oliphant e Trevor Hunnicutt

WASHINGTON (Reuters) - Até o momento, Donald Trump tem assistido de fora enquanto a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, galvaniza e reenergiza os democratas ao assumir o papel como provável candidata à Presidência. Nesta quarta-feira, Trump volta ao jogo.

Trump, o candidato presidencial republicano, realizará seu primeiro comício de campanha desde que Kamala surgiu como sua quase certa adversária democrata na eleição de 2024. O ex-presidente comparecerá a um evento em Charlotte, Carolina do Norte, um Estado que será um importante campo de batalha na eleição de 5 de novembro.

A campanha de Trump tem insistido que está preparada para a candidatura de Kamala, argumentando que ela serve como representante do presidente norte-americano, Joe Biden, nas políticas econômicas e de imigração que contribuíram para a queda de sua popularidade entre os eleitores.

Uma pesquisa Reuters-Ipsos divulgada na terça-feira mostrou que a corrida recém-reformulada está em um empate estatístico.

A pesquisa, realizada nos dois dias desde que Biden decidiu desistir da reeleição, mostrou Kamala Harris com uma vantagem de dois pontos percentuais sobre Trump, 44% a 42%. Outras pesquisas nacionais recentes mostraram Trump com uma vantagem.

Biden, que voltou a Washington depois de se isolar em sua casa em Delaware por conta da Covid, falará à nação no Salão Oval na noite de quarta-feira para explicar suas razões para desistir da corrida no domingo, após intensa pressão de seu partido.

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o discurso de definição de legado ainda estava sendo elaborado na noite de terça-feira, quando Biden retornou à Casa Branca após sua convalescença em Rehoboth Beach, Delaware, onde encerrou sua candidatura à reeleição com uma carta postada nas redes sociais.

Na terça-feira, Trump deu o passo incomum de falar com os repórteres em uma teleconferência para enfatizar a linha de ataque de sua campanha na fronteira, dizendo que Kamala era parcialmente responsável por um fluxo recorde de imigrantes.

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Biden encarregou Kamala de trabalhar com os países da América Central para ajudar a conter a onda de imigração, mas ela não era encarregada da segurança da fronteira.

"Ela é uma pessoa de esquerda radical, e este país não quer que uma pessoa de esquerda radical o destrua", disse Trump na ligação. "Ela quer fronteiras abertas. Ela quer coisas que ninguém quer."

Kamala Harris não pediu a remoção dos controles de fronteira.

Na quarta-feira, Kamala irá a Indianápolis para falar em um evento organizado pela Zeta Phi Beta Sorority, que foi fundada na Universidade Howard, a faculdade historicamente negra que Kamala frequentou. Ela espera aproveitar a rede multigeracional de mulheres negras das sororidades para conseguir um grande número de eleitores para os democratas em novembro.

(Reportagem de James Oliphant e Trevor Hunnicutt)

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