Recompensa de R$ 15 mi e caçada: chefe de grupo violento ligado a El Chapo é preso

Um traficante de fentanil, procurado pelos Estados Unidos com recompensa de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) pela captura, foi preso no México, anunciaram autoridades locais. Néstor Isidro Pérez Salas, conhecido como "Nini", é amigo dos filhos do traficante Joaquin Guzman, o "El Chapo", que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos.

"Nini" foi preso em Culiacán, no noroeste mexicano, segundo o Registro Nacional de Prisões e a imprensa local. Washington o acusa de ser o chefe da segurança dos filhos de "Chapo" Guzman (os "Chapitos"). O México extraditou um dos "chapitos", Ovidio Guzman, para os Estados Unidos em meados de setembro.

Os norte-americanos também o acusam de traficar volumes "massivos" de fentanil, a droga sintética que mata milhares de dependentes químicos nos Estados Unidos, em nome do cartel de Sinaloa. O Departamento de Estado afirma que Pérez Salas trabalha "diretamente" para o principal deputado de outro filho de Chapo, Iván Archivaldo Guzmán Salazar", atual chefe do cartel de Sinaloa, ao lado de Ismael "Mayo" Zambada, um dos fundadores da organização criminosa.

Perez Salas é um dos comandantes dos "Ninis", um grupo armado "particularmente violento" encarregado da segurança dos filhos de "Chapo", acrescenta o Departamento de Estado americano.

Em abril, um tribunal federal de Nova York acusou "Nini" de conspirar para importar fentanil, além de possuir metralhadoras, segundo o Departamento de Justiça.

O cartel de Sinaloa é considerado pela Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) como "em grande parte" responsável pelo tráfico de fentanil para os Estados Unidos nos últimos anos.

A droga é um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína. Nos Estados Unidos, causou boa parte das quase 110 mil mortes por overdose em 2022. O produto é feito a partir de produtos muitas vezes provenientes da China.

Costa Rica desmantela produção de fentanil

Na terça (21), a Costa Rica desmantelou uma organização de produção e tráfico de fentanil, a primeira a ser desarticulada na América Central, em uma operação que prendeu quatro pessoas e confiscou 1,1 mil doses da droga, informou o ministro da Segurança Pública, Mario Zamora. Ele especificou que é a primeira facção deste tipo a ser desmantelada na região.

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Durante a operação, que foi realizada junto da Administração de Controle de Drogas (DEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, as autoridades fizeram buscas em três casas de San José e localidades próximas. Quatro pessoas - três costarriquenhas e uma da Colômbia - foram presas, e uma quinta é procurada.

A droga era produzida em formato de comprimidos à base de paracetamol e fluorofentanil, que eram vendidos, sem aviso de que se tratava desse produto, em diversos bares da capital e localidades próximas, informou o ministério.

"É a droga mais poderosa que existe atualmente no mercado, superando até a heroína", disse o procurador-geral da Costa Rica, Carlos Díaz.

Em novembro, as autoridades hondurenhas apreenderam um carregamento de quase meia tonelada de frascos de fentanil líquido em um navio que partiu do Reino Unido, seguiu para a Colômbia e depois chegou a Honduras. Em março passado, as autoridades panamenhas anunciaram a perda de milhares de doses deste fármaco nos armazéns da principal instituição de Saúde Pública e Segurança Social.

A Colômbia, principal produtor mundial de cocaína, também é acusada pelos Estados Unidos de fazer parte da cadeia de tráfico de fentanil para o país.

*Com informaçõe da AFP

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  • A operação confiscou 1,1 mil doses de fentanil, e não apenas 1,1. O conteúdo foi corrigido.

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