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Filho de dono de jornal é assassinado com mais de 40 tiros na Baixada Fluminense

Felipe Martins

Do UOL, no Rio

12/06/2013 08h41Atualizada em 12/06/2013 15h22

O diretor financeiro do jornal Hora H, José Roberto Ornelas de Lemos, conhecido como Betinho, foi assassinado na noite desta terça-feira (11) com 44 tiros em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, segundo policiais militares que registraram a ocorrência.

Filho de dono de jornal no Rio é assassinado com 44 tiros

Filho de José Lemos, dono do Hora H, um dos jornais mais conhecidos na Baixada, ele foi baleado quando estava em uma padaria na rua Eduardo Pacheco Vilhena, no bairro Corumbá.

Testemunhas contaram que quatro homens em um carro prata dispararam contra Lemos. Amigos levaram a vítima ao Hospital da Posse, mas ele morreu.

Segundo policiais da 58ª DP (Posse), onde o caso foi registrado, Betinho foi preso em 2002, acusado de comandar um grupo de extermínio que matou, em  23 de maio daquele ano, o então subsecretário de Governo e presidente da Comissão de Licitações da Prefeitura de São João de Meriti, Kenedi Jaime de Souza, de 52 anos.

A investigação da Delegacia de Homicídios (DH) da Baixada apontou que o crime ocorreu por causa de uma disputa pelo controle da coleta de lixo do município. O subsecretário havia decidido abrir concorrência pública para a prestação do serviço no município. Até então vigorava um contrato de emergência no valor de R$ 5,8 milhões.

De acordo com a polícia, a decisão teria contrariado o empresário Ronaldo Ferrari de Oliveira, que comandava o serviço na cidade. Oliveira, segundo a investigação, então contratou o grupo de extermínio comandado por Betinho. O subsecretário acabou morto com um tiro no pescoço e no rosto.

Oliveira e Betinho foram presos pela polícia, mas negaram participação no crime. Em decisão da Justiça, os dois foram libertados por falta de provas que os levassem à condenação.