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SP decide congelar tarifas de metrô, trens e ônibus em R$ 4,40 para 2021

Decisão levou em consideração a crise econômica e sanitária causada pela pandemia de covid-19 - Bruno Rocha/Estadão Conteúdo
Decisão levou em consideração a crise econômica e sanitária causada pela pandemia de covid-19 Imagem: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/12/2020 19h24Atualizada em 29/12/2020 21h14

O governo e a prefeitura de São Paulo anunciaram hoje que não reajustará o valor das passagens de metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e dos ônibus municipais, hoje em R$ 4,40. A decisão, segundo versão oficial, levou em conta a crise econômica e sanitária causada pela pandemia de covid-19.

Em nota, governo e prefeitura explicaram que o enxugamento da máquina pública e o ajuste fiscal permitem o congelamento da tarifa "com responsabilidade social", mesmo com uma retração média de 60% no número de passageiros no metrô, nos trens e nos ônibus em 2020.

"Desde o início da pandemia, a prefeitura manteve a oferta de ônibus sempre acima da demanda, que caiu 65 % em média neste ano. Com esforços de gestão, a tarifa não será reajustada para não sobrecarregar a parcela menos favorecida da população", completou.

Recentemente, governo e prefeitura decidiram retirar o direito de idosos abaixo de 65 anos de viajar gratuitamente no metrô, nos trens e nos ônibus da capital, além dos ônibus intermunicipais da Grande São Paulo, em uma ação conjunta para reduzir os custos do transporte. A mudança deve começar a valer a partir do dia 1º de janeiro.

Idosos acima de 65 anos não pagam passagem por causa do Estatuto do Idoso, uma lei federal. Em São Paulo, esse limite havia baixado para 60 anos em 2013, durante as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), em uma medida adotada em meio aos protestos contra o aumento da tarifa ocorridos naquele ano.

Reajuste de salário

O anúncio do congelamento das tarifas acontece menos de uma semana depois de o prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionar a lei que reajusta em mais de 40% os salários do prefeito, do vice-prefeito — cargo hoje ocupado por Ricardo Nunes (MDB) — e de todos os secretários da capital paulista a partir de janeiro de 2022.

Assim, o prefeito, que atualmente recebe R$ 24.175,55, ganhará R$ 35.462. O vice terá um reajuste de 47%, chegando a R$ 31.915,80, enquanto os secretários terão um aumento de quase 53%, recebendo R$ 30.142,70.

Recém-reeleito, Covas disse que o objetivo do aumento é impedir que o teto do funcionalismo público fique defasado. O último reajuste foi feito em 2012, e o congelamento era entrave para a elite do funcionalismo público também receber aumento, uma vez que o salário do prefeito é o teto dos servidores municipais.

"Durante este período de oito anos, a inflação foi de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou, neste período, 68%. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje o teto está defasado. É um teto de R$ 24 mil", explicou o prefeito em entrevista à GloboNews.

(Com Estadão Conteúdo)