Mijão, Forjado e mais: quem são os líderes do PCC mais procurados?

Com quase 30 anos de existência, o PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção da América do Sul, sofreu grandes reveses ao longo do tempo, principalmente com as prisões de seus fundadores e do seu líder máximo Marcos Willians Camacho, o Marcola.

De lá para cá, a cúpula da facção passou por mudanças por conta das prisões. Atualmente, pelo menos 32 membros estratégicos do PCC estão presos, a maioria em presídios federais de segurança máxima. O último deles foi Odair Lopes Mazzi, o Dezinho, capturado em 13 de julho, em um resort pernambucano.

De acordo com o MPSP (Ministério Público de São Paulo), atualmente existem ao menos cinco lideranças do PCC que estão livres. Todos são réus de ações penais resultantes da Operação Sharks, uma das maiores investigações contra o grupo criminoso, ocorrida em 2020.

Patric Velinton Salomão, o Forjado

Considerado um dos líderes do PCC, Patric faz parte do "sintonia final da rua", comando máximo que dita as ordens aos membros do grupo criminoso. Ele estava preso na Penitenciária Federal de Brasília até fevereiro de 2022 e atualmente é considerado foragido.

Patric Velinton Salomão, 41, o Forjado
Patric Velinton Salomão, 41, o Forjado Imagem: Reprodução

Segundo publicado por Josmar Jozino, colunista do UOL, Forjado cumpria 15 anos e 10 meses de prisão por uma condenação, mas o seu tempo de cadeia acabou reduzido após realizar cursos.

A liderança foi apontada recentemente como um dos articuladores do plano para sequestrar o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, atualmente senador pelo Paraná.

Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão

É apontado pelo MPSP como um dos criminosos mais procurados do Brasil, e atualmente é membro em liberdade com o nome mais forte dentro do PCC.

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Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão, tido como o número 1 do PCC nas ruas
Sérgio Luiz de Freitas Filho, o Mijão, tido como o número 1 do PCC nas ruas Imagem: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública

Ele assumiu o posto de número 1 dentro da facção após o sumiço de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta. Mijão seria o responsável por negociar importação e exportação de drogas do grupo.

Ele está condenado a oito anos e dois meses de prisão pela 1ª Vara Criminal de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul.

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta

Expulso do PCC em 2022, Tuta tem paradeiro desconhecido e sumiu do radar das forças de segurança. A suspeita é de que ele tenha sido sequestrado e morto na Bolívia por membros do PCC após mandar assassinar outros integrantes à revelia de outros criminosos da facção.

Silvio Luiz Ferreira, o Cebola

Investigações apontam que Ferreira seria um dos responsáveis por lavar dinheiro das drogas do PCC. Ele é apontado como dono de 56 ônibus de uma empresa no bairro do Limoeiro, na zona leste de São Paulo. Seria o mesmo endereço de quando policiais o flagraram com meia tonelada de cocaína, em 2012.

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Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, integrante do PCC
Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, integrante do PCC Imagem: Reprodução

Ele foi condenado a 14 anos e três meses de prisão, em 9 de outubro de 2014, pela 6ª Vara Criminal da Capital, mas a sentença saiu meses depois de deixar o presídio de Presidente Venceslau, em São Paulo, e não foi mais encontrado.

Edmilson de Menezes, o Grilo

Segundo o MPSP, o foragido passou a integrar em 2013 o setor "sintonia dos gravatas", que funciona como uma espécie de departamento jurídico do PCC. Uma das funções desse subgrupo é recrutar advogados para levar e trazer informações dos presídios.

Em 2022, Grilo participou clandestinamente de audiência virtual na 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, sendo interrogado pelo juiz Thiago Baldani Gomes de Filippo. Ele usava o nome de usuário "Rômulo ruivo".

O Ministério Público do Estado de São Paulo confirmou ao UOL que Edmilson de Meneses estava foragido, mas em contato com a reportagem após a publicação, o advogado Bruno Ferullo, afirmou que Meneses foi absolvido da acusação e que sua participação remota em audiência é garantida pelo STF e foi autorizada pelo juízo. O MPSP foi questionado novamente sobre o Meneses e aguarda o retorno.

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Por nota, o advogado informou que não há mandado de prisão contra Edmilson de Meneses.

"Por ocasião da audiência virtual, também mencionada sem riqueza de detalhes, havia escorreita autorização do MM. Juízo para que o Sr. Edmilson de Meneses participasse do ato em questão a fim de exercer o sacrossanto e constitucional direito à autodefesa, independente do cumprimento de mandado de prisão. Trata-se de um tipo de decisão que está respaldada na jurisprudência do STF.

Ademais, informa que o Sr. Edmilson de Meneses não integra e ou nunca integrou organização criminosa, e tão pouco faz parte de qualquer facção criminosa, tanto é que fora absolvido no âmbito da denominada Operação Sharks."

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