Militares expulsos em 2008 são suspeitos de estarem por trás de massacre em escola francesa, diz revista
Ex-paraquedistas do regimento de Montauban, expulsos da Forças Armadas em 2008, tornaram-se os principais suspeitos de terem matado quatro pessoas, nesta segunda-feira (19), em uma escola judaica, em Toulouse, na França, segundo a revista francesa Le Point.
Os três homens também são suspeitos de terem matado dois soldados do regimento de Montauban, na última quinta-feira (15) e de terem assassinado outro militar, em 11 de março, em Toulouse.
Em 2008, um ex-soldado denunciou os três militares, que teriam ligação com neonazistas. Após investigação, o trio foi expulso das Forças Armadas.
O perfil dos três homens, fortes, tatuados e vestidos de preto, é muito similar àquele descrito por testemunhas do autor dos disparos na escola judaica.
Os três militares mortos nos ataques em Montauban e Toulouse são franceses de origem norte-africana. Dois deles são muçulmanos.
Atirador mata quatro em escola judaica
A coincidência do assassinato de pessoas francesas de religiões não-cristãs e de diferentes origens intrigam os investigadores que já perceberam outra similaridade nos ataques.
O responsável pelos assassinatos na escola judaica usava duas armas, uma delas do mesmo calibre daquela usada nos ataques aos militares na semana passada.
A polícia investiga agora a ligação entre os três casos e o suposto envolvimento dos três ex-militares, ou pelo menos de um dos três, nos ataques.
Tragédia nacional
Um professor, seus dois filhos e um adolescente morreram e várias outras pessoas ficaram feridas após disparos em frente a uma escola judaica em bairro residencial da cidade de Toulouse, no sudoeste da França..
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, visitou a escola. "A barbárie, a crueldade não podem vencer. O ódio não pode ganhar porque a República é mais forte", disse.
Para o presidente, o que aconteceu no colégio Ozar Hatorá é uma tragédia nacional. O político, que está em campanha eleitoral para se reeleger como presidente, prometeu achar o autor do ataque.
Sarkozy anunciou que será feito um minuto de silêncio em todas as escolas francesas na terça-feira e que o Estado se empenhará na investigação do crime.
O presidente disse ainda que seu ministro do Interior, Claude Gueant, permanecerá em Toulouse o tempo necessário para chegar ao fundo de uma série de tiroteios na área de Toulouse que ele acredita estar relacionados.
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