Explosões são ouvidas perto de prédio onde está suposto atirador
Várias explosões ouvidas perto do edifício onde se encontra o suspeito de ter matado sete pessoas na França. Inicialmente chegou-se a indicar que as explosões apontariam o início da invasão policial, o que acabou não se confirmando. Pouco mais de duas horas depois da primeira sequência, novas explosões e tiros foram ouvidos no local.
O cerco ao edifício em Toulouse, no sul do país, já dura quase 24 horas. As primeiras explosões foram ouvidas quase três horas depois do corte de energia na região. Uma fonte que acompanha o caso não quis falar em ataque da polícia ao local. “Ele dizia que queria se render, mudou de opinião, estamos aumentando a pressão para que se renda”, disse a fonte citada pela agência AFP. Um especialista disse à mesma agência que as detonações seriam uma estratégia de ataque usada pela polícia, com a ajuda de explosivos incapacitantes e ensurdecedores.
A agência Reuters citou uma fonte policial e o vice-prefeito de Toulouse, Jean-Pierre Havrin, para confirmar o fim das negociações e o início da invasão. Mais tarde, no entanto, citou o Ministério do Interior da França para afirmar que as explosões foram apenas para intimidar o suspeito.
"Foram movimentos para intimidar a homem armado que parece ter mudado de opinião e não quer se entregar", disse à Reuters o porta-voz do ministério Pierre-Henry Brandet. "Não houve invasão", completou.
O suposto atirador foi identificado como Mohamed Merah, 23, francês de origem argelina. Ele é acusado de matar quatro pessoas, incluindo três crianças, em um ataque a uma escola judaica em Toulouse, esta semana. Ele também seria responsável pela morte de três militares na semana passada.
Segundo o ministro francês do Interior, Claude Guéant, o suspeito teria dito que aceitou “uma missão geral para cometer um atentado”. Ele teria se recusado a realizar um ataque suicida antes de aceitar a missão da Al Qaeda, de acordo com as declarações do ministro a uma rede de TV francesa.
As informações da polícia são de que Merah está fortemente armado em sua casa, no primeiro andar do prédio de cinco andares, que foi evacuado.
Novo ataque
O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou a representantes da comunidade judaica que o suspeito pretendia executar um novo ataque.
Nicole Yardeni, delegada local do Conselho Representativo de Instituições Judaicas (Crif), afirmou que Sarkozy fez a revelação durante uma reunião com representantes das comunidades religiosas em Pérignon, perto do local onde o suspeito está cercado pela polícia.
"Tinha um plano para matar na manhã desta quarta-feira (21)", disse Yardeni.
Fontes policiais informaram um pouco antes que haviam encontrado explosivos no carro de um dos irmãos de Mohamed Merah, o suspeito dos assassinatos de Toulouse.
Segundo os primeiros elementos da investigação, é um irmão também comprometido com a ideologia salafista. A polícia não revelou o tipo de explosivos.
O presidente francês visitou, nesta quarta-feira, o quartel Pérignon de Toulouse, próximo ao local onde o suspeito do massacre de Toulouse está encurralado por tropas especiais da polícia.
Depois, Sarkozy foi até Montauban participar de uma cerimônia em homenagem aos três militares mortos em 11 e 15 de março.
(Com agências internacionais)
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