Tiroteio em frente a escola na França deixa quatro mortos
Um professor, seus dois filhos e outra pessoa ainda não identificada morreram na manhã desta segunda-feira (19) e várias mais ficaram feridas após disparos em frente a uma escola judaica em bairro residencial da cidade de Toulouse, no sudoeste da França.
A rede de televisão "BFM TV" informou que os bombeiros que tinham ido ao colégio Ozar Hatorá para prestar os primeiros socorros informaram que o terceiro morto era um adulto e que havia duas pessoas feridas em estado grave.
Uma das que estavam em risco de morte era a filha do diretor da escola judaica Ozar Hatora, situada em um bairro residencial de Toulouse, afirmou à AFP Charles Ben Semoun, pai de um aluno.
Um homem que circulava de moto preta abriu fogo contra pais e alunos, segundo as testemunhas. O autor dos disparos fugiu. Este foi o terceiro ataque cometido da mesma forma nos últimos dias.
Na quinta-feira passada (15), um homem em uma motocicleta similar matou dois soldados de um regimento de paraquedistas na cidade de Montauban. A justiça francesa vinculou este ataque ao assassinato de outro militar cometido no domingo 11 de março em Toulouse.
Há indícios de que os três ataques estejam interligados. Segundo um policial, o responsável pelos assassinatos na escola judaica usava duas armas, uma delas do mesmo calibre daquela usada nos ataques aos militares na semana passada.
Segundo testemunhas, o suspeito dos ataques tem uma cicatriz ou uma tatuagem na bochecha esquerda.
Em espera de uma confirmação oficial das vítimas, o Ministério do Interior disse que seu titular, Claude Guéant, iria imediatamente para Toulouse, e que tinha decidido um reforço das medidas de segurança nos centros escolares judeus.
A França está em plena campanha eleitoral para presidente. O atual mandatário e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, cancelou seus compromissos nesta segunda-feira (19) e viajou até Tolouse.
"É uma tragédia espantosa. Toda a república francesa está abalada por este drama abominável", afirmou Sarkozy.
O candidato do Partido Socialista, François Hollande, também suspendeu a campanha para viajar até o local do massacre.
(Com AFP e EFE)
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