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Adolescente de 15 anos é acusado de atirar e matar a família em Albuquerque, nos EUA

Carros de polícia e resgate se aglomeram em frente à casa onde aconteceu o crime - Susan Montoya Bryan/AP
Carros de polícia e resgate se aglomeram em frente à casa onde aconteceu o crime Imagem: Susan Montoya Bryan/AP

Do UOL, em São Paulo

21/01/2013 08h41Atualizada em 21/01/2013 08h58

A polícia do Estado do Novo México, nos EUA, divulgou nesta segunda-feira (21) que o suspeito de ter matado uma família --pai, mãe e três crianças-- em uma casa na cidade de Albuquerque é o filho mais velho do casal, de 15 anos.

O adolescente Nehemiah Griego teria atirado com várias armas, incluindo um rifle, contra o pai Greg, 51, a mãe Sarah, 40, o irmão Zephania, 9, e as irmãs Jael, 5, e Angelina, 2, na madrugada de sábado (19), segundo informações do jornal "Albuquerque Journal".

Ele, que está detido no centro de detenção juvenil do condado de Bernalillo, teria atirado primeiro na mãe e nos irmãos e esperou por cinco horas até o pai, o pastor Greg Griego, filho de um ex-senador, chegar para matá-lo também.

De acordo com a polícia, todas as vítimas sofreram vários ferimentos a bala e ainda não ficou claro se as armas estavam dentro da casa.

Em seguida, autoridades acreditam que Nehemiah teria colocado várias armas carregadas, incluindo o rifle, na van da família, com planos de dirigir ao supermercado Walmart mais próximo para fazer mais vítimas e, eventualmente, morrer em uma troca de tiros com a polícia.

Mas ele teria ligado para um amigo antes, que o convenceu a ir a uma reunião na igreja Calvary, onde seu pai era pastor. As primeiras informações são de que foi um segurança da igreja que ligou para a polícia para denunciar o caso.

O casal Greg e Sarah tinha dez filhos, mas apenas os três mais novos e Nehemiah estavam em casa na hora do tiroteio.

A família Griego divulgou um comunicado em que agradece as orações e o apoio recebido e pede à imprensa que respeite a privacidade da família neste "momento difícil".

A violência decorrente de armas de fogo voltou ao centro do debate nos Estados Unidos depois do massacre em uma escola infantil no Connecticut, em dezembro passado, no qual 26 pessoas morreram, a maioria crianças.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no último dia 16 de janeiro a aprovação de 23 novas medidas para o controle de armas de fogo em mãos da população civil, na tentativa de conter a violência no país.

Tiroteios nos EUA

Na noite de terça (15) um atirador deixou dois mortos e um ferido no estacionamento do campus da universidade Hazard Community and Technical, na cidade de Hazard, no Estado de Kentucky (EUA). De acordo com a polícia, o caso teria sido um incidente doméstico com uma arma semiautomática.

Na quinta-feira passada (10) duas pessoas foram atingidas durante um tiroteio no colégio Taft Union High School na cidade de Taft, na Califórnia (EUA). O atirador, um aluno de 16 anos, foi detido cerca de 20 minutos depois do tiroteio, que não deixou nenhum morto.

No dia 14 de dezembro outro tiroteio abalou os Estados Unidos: Adam Lanza, 20, invadiu a escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, em Connecticut, e deixou 26 mortos, dos quais 20 eram crianças. Ele se matou depois do massacre e a polícia ainda investiga os motivos que o levaram a cometer tal atrocidade.

A tragédia chocou os Estados Unidos e o mundo. O presidente do país, Barack Obama, se emocionou durante pronunciamento no dia do tiroteio: "Meu coração está despedaçado, não só como presidente, mas também como pai", disse.

Além disso, o tiroteio retomou o debate sobre armas nos Estados Unidos. Muitas veículos de imprensa, artistas e outros se posicionaram sobre o assunto, incitando ainda mais a polêmica.

Este foi o segundo maior massacre da história do país, com menos mortos apenas que o atentado que matou 32 pessoas na Virginia Tech em 2007. O suspeito teria entrado na escola com duas armas, que já foram recolhidas pelos policiais. Uma delas, de acordo com a AP, seria um rifle calibre 223. (Com Reuters)